Tomaram posse, na manhã desta quinta-feira (31/8), 24 conselheiras membros do Conselho dos Direitos da Mulher do Distrito Federal (CDM/DF) para o mandato 2023-2025, além de 10 suplentes. Durante a cerimônia, que ocorreu no Palácio do Buriti, a governadora em exercício Celina Leão comentou sobre feminicídio na capital e sobre o enfrentamento junto com as novas empossadas para combater os crimes de violência contra a mulher. Neste ano, foram 25 casos de feminicídio no DF.
No evento de entrega dos certificados para o exercício do mandato das conselheiras, Celina destacou que o DF está passando por “um momento dificílimo”. “Essa questão do feminicídio é uma questão social”, ressaltou a governadora em exercício durante o discurso. “Amor não é posse, não é invasão de privacidade. Ninguém é de ninguém, o que faz o casal permanecer junto é a conexão, o compartilhamento e o respeito”, enfatizou, relembrando os tristes casos que ocorreram na capital.
Conselho
O CDM/DF é composto por 12 representantes do poder público do DF, sendo estas da administração direta e indireta, indicadas com os suplentes pelos dirigentes das áreas de Saúde, Casa Civil, Educação, Diversidade, Pessoa com Deficiência, Economia, Trabalho, Segurança Pública, Desenvolvimento Social, Gestão Governamental, Defensoria Pública e IPEDF. Também compõem o conselho 12 representantes de entidades da sociedade civil eleitas por votação e dez suplentes, todas relacionadas à área de gênero.
O órgão consultivo e deliberativo formula e propõe diretrizes, para o governo local, voltadas à eliminação da violência e da discriminação, à promoção e defesa dos direitos das mulheres. Além disso, tem o objetivo de assegurar as condições de liberdade e igualdade de oportunidades para as mulheres no desenvolvimento econômico, social, político e cultural do DF.
Celina destacou que o conselho é composto por mulheres de várias frentes, como advogadas, servidoras, empresárias e sindicalistas. “Vai ter a diversidade na opinião das nossas políticas e na construção da nossa política”, comentou. “Com certeza, essas mulheres vão poder ajudar essa reconstrução nesse momento tão difícil para o DF, que é o número de mortes das nossas mulheres”, concluiu a governadora em exercício.
Presente na cerimônia, a secretária da Mulher e presidente do conselho, Giselle Ferreira, ressaltou a importância de trazer a sociedade civil para a discussão para enfrentar e vencer a violência contra a mulher. “O mal do feminicídio é que ele é continuado”, pontuou. “A gente não consegue colocar um policial em cada casa, por isso que precisamos envolver a família e toda a sociedade. Esse conselho vai ter voz e vez para a gente escutar”, destacou.
A presidente do conselho comentou ainda que a escuta é importante para criar políticas públicas mais efetivas. “A gente só vai comemorar quando for zero, nenhuma mulher a menos”, enfatizou Giselle.
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