Investigação

Inquérito contra ex-PRF Silvinei Vasques no TRE-DF é enviado ao STF

Inquérito que investiga o ex-diretor-geral da PRF será enviado ao ministro Alexandre de Moraes, após o próprio magistrado avocar para si o caso

Inquérito investiga possível omissão de Silvinei no segundo turno das eleições de 2022 -  (crédito:  Minervino Júnior/CB)
Inquérito investiga possível omissão de Silvinei no segundo turno das eleições de 2022 - (crédito: Minervino Júnior/CB)
Pablo Giovanni
postado em 29/08/2023 16:49

O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito policial sigiloso que investiga o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, sobre possíveis atos de omissão no segundo turno das eleições do ano passado.

Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes avocou para si o inquérito e outras quatro medidas contra Silvinei, para que todas as decisões acerca do ocorrido sejam investigadas em um só lugar — não tendo duas investigações ao mesmo tempo. Com isso, o inquérito deixou de tramitar na Justiça Eleitoral do DF.

O caso foi instaurado inicialmente na Justiça Federal. No entanto, a justiça declinou e enviou o caso ao TRE-DF. O inquérito existe desde novembro do ano passado, após um pedido do Ministério Público Federal. Conforme o Correio revelou, no dia em que Silvinei foi preso pela Polícia Federal, foram cumpridas medidas cautelares no âmbito da investigação do TRE-DF.

Todo o material, à época apreendido pela PF, seria compartilhado com a Justiça eleitoral para a investigação, incluindo celulares e um computador. Ao todo, eram 10 investigados no DF.

Blitzes no segundo turno

Silvinei foi alvo da operação Constituição Cidadã, da PF, em 9 de agosto — a residência dele, em Florianópolis, foi alvo de buscas. Outros 10 mandados foram cumpridos em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.

O pedido para que Silvinei fosse preso foi de autoria da própria PF, que alegou ao ministro Alexandre de Moraes que a liberdade do ex-PRF poderia atrapalhar o desdobramento das investigações.

Ele é apontado por ter tentado interferir eleitores a votar no segundo turno das eleições, no que foi chamado de "blitzes da eleição". As ações de maior impacto ocorreram na região Nordeste do país, onde há maior predominância de eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

O Correio tenta contato com a defesa do ex-PRF.

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