Feminicídio

Andreia Crispim é enterrada sob forte comoção de amigos e familiares

A 25ª vítima de feminicídio do deste ano era catadora de materiais recicláveis e foi assassinada pelo ex-companheiro, que também morreu após enfrentar a Polícia Militar. "O sentimento é de muita revolta e tristeza", desabafa um amigo

Familiares e amigos comparecem ao velório de Andreia Crispim de Lima Silva, 50 anos, no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. Andreia foi mais uma vítima de feminicídio no Distrito Federal.  -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Familiares e amigos comparecem ao velório de Andreia Crispim de Lima Silva, 50 anos, no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. Andreia foi mais uma vítima de feminicídio no Distrito Federal. - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Arthur de Souza
postado em 26/08/2023 16:52

O velório de Andreia Crispim de Lima Silva, 50 anos, 25ª vítima de feminicídio deste ano no Distrito Federal, aconteceu na tarde deste sábado (26/8), no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. A cerimônia foi marcada pela emoção e pela revolta de amigos e familiares, que oraram e cantaram louvores para se despedir da catadora de recicláveis.

Sobrinho de Andreia, Cirylo Ribeiro, 32, disse que a família ficou muito abalada com o ocorrido. "Estamos muito consternados com toda situação. É uma tragédia. É um momento de muita angústia e tristeza", lamentou. Os pais de Andreia, muito abalados, não quiseram conversar com a imprensa.

Amigo de Andreia há 20 anos, Antonio Alves, 44, disse que soube da tragédia quando estava em casa, saindo para o trabalho. Ele conta que conheceu a vítima no trabalho. "O sentimento é de muita revolta e tristeza. Ela era uma pessoa muito boa", disse o também catador.

O caso

Andreia Crispim foi morta pelo ex-companheiro Luis Carlos Ferreira de Vasconcelos, 35, na noite de quinta-feira (24/8), próximo à Vila Olímpica, na Estrutural. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado para socorrer a vítima e o homem, que também estava ferido. Andreia não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Uma equipe da Polícia Militar do DF (PMDF) foi acionada para verificar violência doméstica. Ao chegar ao local, Luís estava armado com uma faca e foi alvejado após enfrentar os policiais militares. Ele estava mantendo Andreia em cárcere. O agressor foi socorrido e levado para o Hospital de Base, mas também morreu.

De acordo com a ocorrência da Polícia Civil do DF (PCDF), o casal morava na residência e testemunhas informaram que os dois discutiam frequentemente. Os objetos e facas do acusado do crime foram apreendidos e uma perícia foi realizada no local. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher 1 (Deam 1) segue com as investigações do caso.

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