Trabalhadores da autarquia Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU) reclamam que, mesmo diante de pedidos da categoria, têm sido sujeitados a promover suas atividades laborais em horários de extremo calor. De acordo com os trabalhadores, os insumos, como vestimentas e protetores solares, além do apoio com garrafas d'água, não têm sido fornecido, causando mal-estar durante os dias mais quentes do ano.
Por volta das 12h, um grupo de trabalhadores, que atuavam em Ceilândia contou à reportagem que, nos últimos dias o calor tem sido muito grande. Mesmo assim, a empresa pública tem mantido os horários de trabalho. “Nós fizemos o pedido para a empresa, mas eles não mudaram nada. A gente fica no sol, bebendo água quente. Temos que pedir no comércio para encher as garrafas. Estamos com os rostos todos queimados de Sol, porque o protetor solar não é suficiente para proteger (dos raios ultravioletas) e não podemos nem usar máscara para proteger”, contou um varredor, que não quis se identificar.
Desde 20 de agosto, o Distrito Federal vem sofrendo com uma forte onda de calor, em pleno o inverno. Na quarta-feira (23/8), a capital do país registrou as maiores temperaturas do ano, chegando a 33,9ºC. Mesmo assim, segundo os funcionários, o horário de trabalho não foi alterado. “Disseram que tinham alterado, mas a gente está indo para a rua do mesmo jeito. Pediram, mas ninguém mudou nada, até agora”, disse outra varredora, também sem se identificar.
Em nota ao Correio, a SLU informou que atendeu ao pleito do sindicato, autorizando que os serviços iniciassem uma hora mais cedo de forma a reduzir a exposição ao sol dos funcionários das contratadas. As contratadas estão todas cientes e a adequação foi com efeito imediato. Na resposta, foi dito ainda que não foram reportados casos de mal-estar.
Recomendações
A empresa pública disse, ainda, que fornece orientações aos seus funcionários, como o uso de protetor solar, oferecido pelas empresas contratadas; que os trabalhadores levem água e se hidratem, além de fornecer água nas unidades de apoio; o uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs), que incluem uniformes de manga longa, bonés, touca árabe; oferta de soro fisiológico para hidratação dos olhos e vias aéreas; e orientação para o consumo de frutas e legumes nas refeições.
Ainda de acordo com a autarquia, a SLU, em todos os contratos, totaliza aproximadamente 4.900, entre motoristas, garis, varredores, coletores, operadores de máquina, ajudantes.
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