Após o 25º feminicídio do ano, ocorrido na Estrutural, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), deu entrevista à imprensa durante agenda oficial, na manhã desta sexta-feira (25/8), e lamentou o óbito ao ser perguntado pelo Correio sobre o caso pela reportagem. "Tem acontecido muito, e é um crime muito triste que continua ocorrendo na nossa cidade", diz o chefe do Executivo local.
O governador lembrou que a vítima, Andreia Crispim de Lima Silva, 50 anos, tinha feito denúncias na delegacia contra o agressor, Luis Carlos Ferreira de Vasconcelos, 35, que a ameaçou de morte. "Mesmo assim, aconteceu esse drástico crime. Espero que a gente consiga encerrar essa pauta do feminicídio no Distrito Federal", declara Ibaneis.
O chefe do Executivo distrital adianta que tem conversado sobre o assunto com o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar. "Estamos fazendo uma reestruturação dentro da Secretaria de Segurança para poder dar mais atenção às vítimas de feminicídio", adianta.
O governador lembrou da aprovação realizada, nessa quinta-feira (24/8), do Projeto de Lei que dá assistência social aos órfãos de vítimas do feminicídio no DF. "A gente também quer cuidar dessa população que fica em um estado de vulnerabilidade muito grande", finaliza.
25º feminicídio de 2023 no DF
Luis matou a ex-companheira na noite desta quinta-feira (24/8), na quadra 04, próximo à Vila Olímpica, na cidade Estrutural. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado para socorrer a vítima e o companheiro, que também estava ferido, mas Andreia não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
De acordo com a ocorrência da Polícia Civil do DF, o casal morava na residência e testemunhas informaram que os dois discutiam frequentemente. Os objetos e facas do acusado do crime foram devidamente apreendidos e uma perícia foi realizada no local. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam I) prossegue com as investigações e procedimentos legais pertinentes.
A mulher apresentava ferimentos no rosto e estava em parada cardiorrespiratória. Ela foi atendida às pressas pelos bombeiros, que não conseguiram reverter o quadro. Devido à gravidade dos ferimentos, ela morreu no local.
Uma equipe da Polícia Militar do DF foi acionada para verificar a violência doméstica. Ao chegar ao local, Luis estava armado com uma faca e foi alvejado após enfrentar os policiais militares. Ele estava mantendo Andreia em cárcere. O agressor foi socorrido e levado para o Hospital de Base, mas morreu.
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