Preso preventivamente nesta quinta-feira (24/8) após a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrar a Operação Nexum, Maciel Carvalho, de 41 anos, é o principal alvo e tem histórico com a família Bolsonaro, especialmente Jair Renan, filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os investigados da operação são suspeitos dos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro. Maciel é considerado o mentor do esquema.
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Nas redes sociais, em que acumulava acumulava 426 mil seguidores, Maciel se descrevia como formado em filosofia, teologia, direito e administração. Ele também já foi relacionado como empresário e instrutor de tiro de Jair Renan.
Maciel foi instrutor de tiro de Jair Renan e da mãe dele, Ana Cristina Siqueira Valle, ambos postaram fotos ao lado dele nas redes sociais.
Em setembro de 2022, Maciel passou a se apresentar como advogado de Jair Renan. Foi ele quem registrou um boletim de ocorrência em nome de Renan quando a casa em que ele morava, no Lago Sul, no DF, foi pichada.
Operação Nexum
De acordo com a polícia, Maciel coleciona registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo.
Somente em 2023, ele já foi foi alvo de duas operações da PCDF, que apurou a ocorrência de crimes tributários praticados por um grupo especializado em emissão ilícita de notas fiscais e o crime de uso de documentos falsos para o registro e comércio de armas de fogo, bem como a promoção de cursos e treinamentos de tiro por meio de uma empresa em nome de um “laranja”, tendo nesta ação policial sido preso em flagrante por posse irregular de arma.
Na operação, Maciel foi detido e passou por audiência de custódia na manhã desta quinta-feira (24/8). Ele deve ser transferido para a Papuda ainda nesta quinta ou na sexta-feira (25), segundo informou ao Correio o advogado de defesa dele, Samuel Magalhaes.
Já havia sido preso em janeiro
Maciel Carvalho foi preso na manhã em 5 de janeiro pela Operação Falso Coach, deflagrada pela PCDF e que apurava envolvimento dele em crimes de posse e comércio ilegal de armas de fogo.
Ele foi liberado no dia seguinte por que tinha "residência fixa, trabalho lícito e não há risco se ele for posto em liberdade", segundo informou o advogado dele ao Correio, à época. Ele esclareceu, ainda, que não teve acesso aos autos do processo e afirmou que os fatos serão esclarecidos em tempo oportuno. "Maciel Carvalho e sua assessoria jurídica acreditam no devido processo legal, no contraditório e na ampla defesa e, assim que tiver acesso aos autos irão demonstrar a sua inocência. Maciel Carvalho se resguarda ao direito de se manifestar no momento processual adequado sobre o que for necessário à elucidação dos fatos e demonstração da verdade", pontuou.
A polícia informou à época que Maciel ministrava cursos de armamentos e tiros e vendia armas por meio das redes sociais, onde postava anúncios para atrair clientes e alunos. Os policiais apreenderam diversas armas de fogo, munições, aparelhos celulares, computadores e documentos diversos.
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