O tenente-coronel Mauro Cid, que depõe na manhã desta quinta-feira (24/8), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), perguntou ao próprio advogado se ele poderia responder um questionamento sobre a idade dele.
O militar, seguindo a orientação dos advogados, preferiu permanecer calado em todas as perguntas. Ao ser questionado pelo deputado Pastor Daniel de Castro (PP) sobre a idade dele, Cid foi ao ouvido do advogado e perguntou se teria autorização. A defesa de Cid sinalizou positivamente, e respondeu dizendo ter 44 anos. No restante do depoimento, no entanto, o militar permaneceu em silêncio.
Antes de depor à CPI do 8 janeiro da CLDF, Cid prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, onde também permaneceu calado. Lá, também evitou responder a qualquer uma das perguntas que lhe foram feitas — o militar se recusou a informar até a sua própria idade.
Pronunciamento
Com alguns rabiscos no documento que usou para nortear sua fala inicial, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, leu o mesmo pronunciamento na CPMI do 8 de janeiro na CPI da CLDF durante o início dos trabalhos.
Aos distritais, Cid detalhou sua trajetória de 27 anos dentro do Exército Brasileiro. O tenente-coronel citou que a única função de um ajudante é fazer assessoria próxima ao presidente da República. Ele citou as atribuições, como receber correspondências, além de cerimônias e viagens, encaminhando para setores competentes.
Na introdução, Cid não repetiu completamente a introdução dada por ele na CPMI do Congresso. Ele e os advogados rabiscaram um trecho em que ele dizia que a veiculação dele ao cargo era estabelecida pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
*Estagiário sob a supervisão de Hylda Cavalcanti
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