Bastidor

Mauro Cid entregou gravador para advogada antes de entrar na CPI do 8/1

Mauro Cid deu gravador para advogada antes de ingressar no plenário da CPI. Não se sabe de onde o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro conseguiu o aparelho

Cid entregou gravador para um dos três advogados momentos antes de ingressar no plenário da CLDF -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Cid entregou gravador para um dos três advogados momentos antes de ingressar no plenário da CLDF - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
Pablo Giovanni
postado em 24/08/2023 10:43 / atualizado em 24/08/2023 16:23

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deu um gravador de fita para a advogada dele antes de ingressar no plenário para o depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF). Cid está sendo ouvido pelos distritais na manhã desta quinta-feira (24/8), mas passados mais de 30 minutos do início da reunião, permanece calado.

Cid chegou à CLDF por volta de 9h30. Na salinha antes de ingressar no plenário da Casa, o tenente-coronel conversava bastante com integrantes da comissão sobre variados assuntos, entre eles o “turismo em Brasília”, além do crescimento do Banco de Brasília (BRB) dentro do território brasileiro. No mesmo momento, ele retirou um gravador do bolso e entregou para um dos advogados que o acompanham. Não se sabe de onde Cid retirou o aparelho, já que havia deixado a prisão para ir à CLDF.

Antes de depor à CPI do 8 janeiro da CLDF, Cid prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, onde permaneceu calado, onde também evitou responder a qualquer uma das pergunta que lhe foram feitas — o militar se recusou a informar até a sua própria idade.

O tenente-coronel está envolvido em várias investigações da Polícia Federal, como as joias sauditas, falsificação dos cartões de vacinação e o plano golpista para anular o resultado das eleições de 2022. O esquema de venda de objetos dado por autoridades ao então presidente teria começado ainda em janeiro deste ano, pouco dias após Bolsonaro chegar nos Estados Unidos (EUA).

Cid está preso desde 3 de maio, no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília.

 

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