O segundo suspeito de envolvimento no assassinato do policial militar aposentado Jacob Vieira da Silva, 62 anos, guardava armas, munições, celulares e notebooks na casa onde ficou escondido por quase um mês. Mateus Nascimento, 26, foi preso em Florianópolis em uma operação desencadeada pela 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria). A contou com o apoio dos policiais civis de Santa Catarina.
Contra Mateus, havia um mandado de prisão expedido pela Justiça. Desde o final de julho, ele é considerado foragido. Por mensagens trocadas com a equipe do Correio à época dos fatos, Mateus se declarou inocente e alegou estar sendo vítima de uma injustiça. Disse, ainda, não ter sido intimado a depor pela polícia. No entanto, os investigadores da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), ao longo da apuração do caso, encontraram provas que indicam a participação de Mateus no crime. Uma delas é uma transferência bancária no valor de R$ 600 mil feito em nome de Jacob.
Na casa onde ficou escondido com a mulher, a filha e a sogra, Mateus guardava duas armas de fogo do tipo pistola, calibres .9mm e .40, mais de 500 munições, quantias em dinheiro, ao menos três notebooks e três celulares. Mateus foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo de calibre restrito, em razão das armas e munições encontradas em sua posse no momento da prisão. "Seguimos na condução das investigações e, agora, vamos avançar para determinar o grau de participação de Mateus no crime de homicídio", afirmou o delegado à frente do caso, Renato Martins.
O crime
Jacob desapareceu m 10 de julho, após sair de casa, em santa Maria. O corpo dele foi encontrado oito dias depois dentro de uma cisterna, no quintal da casa do filho de criação, Bruno Oliveira Ramos — já preso por participação na morte de Jacob.
Logo após o assassinato de Jacob, Mateus mudou de casa, no Jardim Ingá, em Luziânia (GO), e retirou todos os móveis da residência. Por mensagem, ele disse ter feito isso por estar recebendo ameaças.
O Correio esteve em um condomínio onde reside uma familiar de Mateus, no Friburgo, na Cidade Ocidental. Ao Correio, moradores relataram que o investigado costuma intimidar moradores, andar armado na frente de crianças e extorquir pessoas. Por mensagens, Mateus conversou com a reportagem e alegou inocência.
Bruno está preso temporariamente no Complexo Penitenciário da Papuda. Os dois vão responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
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