Crime

Quadrilha especializada em fraudes bancárias é desmontada pela PCDF

Estima-se que o grupo tenha causado cerca de R$ 300 milhões de prejuízo em golpes financeiros. Um dos alvos chegou a concorrer ao cargo de vereador em Planaltina (GO)

Nove mandados de prisão preventiva e 10 de apreensão foram cumpridos em diversas cidades do DF, Goiás e Pará -  (crédito: Divulgação/PCDF)
Nove mandados de prisão preventiva e 10 de apreensão foram cumpridos em diversas cidades do DF, Goiás e Pará - (crédito: Divulgação/PCDF)
Correio Braziliense
postado em 17/08/2023 10:58 / atualizado em 17/08/2023 10:58

Uma organização criminosa altamente especializada em fraudes bancárias foi desmantelada pela Polícia Civil (PCDF) na manhã desta quinta-feira (17/8). Nove mandados de prisão preventiva e 10 de apreensão foram cumpridos em diversas cidades do DF, Goiás e Pará. Um dos alvos chegou a concorrer ao cargo de vereador em Planaltina (GO). Veja vídeo de uma das diligências:


As investigações revelaram uma complexa teia de conexões criminosas, que existia há cerca de 10 anos. O Delegado Wisllei Salomão, coordenador da Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (CORF), explica que o grupo agia por meio de golpes financeiros.

“As vítimas recebiam links ou eram induzidas a instalar programas (de computador), mediante a ligação de pessoas que falsamente se passavam por funcionários de instituições bancárias e alegavam problemas nas transações financeiras, nas contas de cartão de crédito e no sistema de segurança. Uma vez instalados os programas, os valores eram subtraídos”, esclareceu.

Estima-se que o grupo tenha gerado um prejuízo de R$ 300 milhões por conta das atividades desenvolvidas, que vitimaram pessoas físicas, jurídicas e prefeituras. Em 2019, outros integrantes se juntaram à organização. Eles passaram a auxiliar na ocultação de bens ilegais, usando estratégias como a criação de empresas de fachada e aquisição de bens (imóveis e veículos de alto padrão).

O líder do grupo, que não teve a identidade revelada, tem vasta ficha criminal, com passagens por posse de drogas, atuação e organização criminosa, formação de quadrilha e furto qualificado. Todos os bens em nome dos suspeitos foram bloqueados. Caso sejam condenados, eles podem pegar penas que ultrapassam 15 anos de reclusão.

Batizada de “Big Boss”, a operação contou com apoio da 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) e das Polícias Civis de Goiás (PCGO), Espírito Santo (PCES) e Pará (PCPA).

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