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Mulher desmaia na Marcha das Margaridas e resgate demora mais de meia hora

O episódio ocorreu na Marcha das Margaridas, evento que reuniu cerca de 100 mil mulheres na Esplanada dos Ministérios, na manhã desta quarta-feira (16/8)

A mulher foi amparada por outras manifestantes e recebeu socorro 30 minutos após perder a consciência
 -  (crédito: Mayara Souto/CB)
A mulher foi amparada por outras manifestantes e recebeu socorro 30 minutos após perder a consciência - (crédito: Mayara Souto/CB)
Mayara Souto
postado em 16/08/2023 14:53 / atualizado em 16/08/2023 14:55

Sob o sol do meio dia e durante o mês mais seco de Brasília, milhares de mulheres aguardavam o pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Marcha das Margaridas nesta quarta-feira (16/8). Na espera de quase três horas, algumas manifestantes não aguentaram o clima brasiliense e acabaram passando mal. As mulheres, no entanto, tiveram que esperar mais do que o recomendado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que teve dificuldades para realizar resgate.

Uma das margaridas, de nome Yeda, veio do Tocantins e desmaiou em frente ao comitê de imprensa, próximo ao palco das autoridades, por volta das 11h30. Os brigadistas realizaram o primeiro atendimento e populares auxiliaram para fazer sombra e dar água à mulher que passou mal. A espera foi de mais de meia hora por uma ambulância e as grades precisaram ser abertas para o veículo passar.

As colegas de marcha que a acompanhavam, Vanuzia Goes de Souza Santos e Maria do Carmo, de Sergipe, contaram que ela era alérgica a perfume e à poeira. De acordo com elas, a garganta da mulher fechou e ela desmaiava, era reanimada, e voltava a desmaiar. A saturação dela chegou a 75%, segundo as mulheres. O normal é que a porcentagem seja próxima a 100%.

“A gente imagina que com a estrutura que é feito aparato meses antes, a gente chega num momento de necessitar de atendimento e a gente não conseguir” afirmou Maria do Carmo. 

De acordo com as manifestantes, o estresse e a longa caminhada também podem ter colaborado para o estado de Yeda. Elas estavam acordadas desde às 4h e caminharam mais rápido que o resto da passeata para conseguirem um bom lugar em frente ao palco. Ainda não há informações sobre o estado de saúde da manifestante.

O Correio pediu um posicionamento sobre o caso para a Secretaria de Saúde, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria. 

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