Anariel Roza Dias, 39 anos, morta pelo ex-companheiro na madrugada desta quarta-feira (16/8), havia denunciado o homem três vezes por vias de fato, injúria, ameaça e lesão corporal. Ela tinha uma medida protetiva de proibição de aproximação contra o autor, Cleidson Ferreira de Oliveira, 37, no entanto, ele nunca chegou a ser intimado para cumprir a ordem pois não foi encontrado pela Justiça.
A primeira ocorrência foi registrada por Anariel em 7 de janeiro deste ano como vias de fato — quando há ameaça à integridade física da vítima, sem lesão corporal — por ter levado chutes de Cleidson. Na ocasião, a vítima alegou que não queria medida protetiva e nem queria que ele fosse preso. Anariel disse que “só queria que ele voltasse para casa” e informou que estava grávida de três meses de Cleidson.
Em 2 de abril deste ano, Anariel compareceu novamente à delegacia para denunciar Cleidson. Desta vez, ela denunciou ter sofrido injúria, ameaça e lesão corporal. Na ocasião, nada mais foi mencionado sobre gravidez. A vítima denunciou ter sido espancada com um pedaço de madeira. “Vou te matar, sua vagabunda, piranha, você não presta”, teria dito o autor na ocasião das agressões.
Desta vez, Anariel pediu medida protetiva contra ele e a relação foi rompida.
A terceira ocorrência foi registrada em 30 de julho, por lesão corporal. Anariel levou um soco na boca e, depois de caída no chão, levou um chute nas costas. As agressões aconteceram em via pública e ela foi socorrida por populares. Ela tinha uma medida protetiva vigente, porém pendente de intimação do autor. Na ocasião, foram oferecidos a Anariel programas disponíveis para proteção de mulheres vítimas de violência: o Viva Flor e o Casa Abrigo, ambos recusados por ela.
O crime
Anariel Roza Dias, 39 anos, foi morta na madrugada desta quarta-feira (16/8) pelo ex, Cleidson Ferreira de Oliveira, 37, com golpes de foice em Ceilândia, nesta quarta-feira (16/8) em uma parada de ônibus em Ceilândia.
Preso em flagrante por policiais militares que patrulhavam a região, Cleidson foi conduzido à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Ceilândia, onde confessou o crime.
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