A equipe executiva do Partido Liberal (PL) do Distrito Federal reuniu-se, neste sábado (12/8), para analisar as sucessivas denúncias de assédio veiculadas ao o deputado distrital Daniel Donizet (PL).
Por unanimidade, ficou decidido que a legenda notificará o deputado para, no prazo de 24 horas, apresentar sua versão sobre os fatos divulgados pela imprensa, para em seguida, haver uma tomada de decisão sobre abertura de processo disciplinar.
Procurada pela reportagem, a assessoria do distrital afirmou que até o momento ele não recebeu a notificação formal do PL, mas que entende a preocupação do partido em apurar as denúncias. E que dentro do prazo estabelecido, Donizet irá apresentar todos os esclarecimentos necessários.
"Daniel Donizet repudia toda e qualquer violência contra a mulher e afirma que, até o momento, desconhece ser alvo de qualquer investigação formal da Polícia ou do Ministério Público. Ele reafirma estar sendo vítima de denúncias falaciosas e inverídicas, que estão sendo exploradas por oportunismo político de seus opositores. Daniel está confiante de que a verdade prevalecerá" , diz a assessoria, em nota.
Denúncias
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recebeu, em 19 de julho, novas denúncias de supostos atos de assédio sexual do deputado distrital Daniel Donizet (PL) cometidos contra assessoras que trabalharam na Administração Regional do Gama e em seu gabinete na Câmara Legislativa (CLDF). Ao menos uma possível vítima esteve no MPDFT e relatou que o parlamentar tocou seu cabelo e seu corpo, durante uma festa, a chamando de "gostosa". As investigações seguem em sigilo.
Outra deúnuncia envolvendo o nome do parlamentar consta que no dia 22 de março, Donizet teria participado de um ato de violência sexual contra garotas de programa, em um motel do Núcleo Bandeirante, juntamente com seu assessor, Marcos Barbosa, além de um outro homem não identificado.
O assessor teria agredido uma das moças, batendo no rosto dela, com tapas e socos. Em certo momento, ainda segundo o relato, ele teria a enforcado, a segurado forte pelos braços e a forçado a fazer sexo sem camisinha contra a vontade da mesma.
A mulher conta que Daniel Donizet e os demais partícipes teriam presenciado toda a agressão, mas que negaram socorro. A garota diz ainda que, como não houve reação do parlamentar em seu favor e sabendo que se tratava de uma autoridade, ela e as demais meninas se sentiram acuadas e não chamaram a polícia no momento.
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