Luto

Ex-governadores e ministro do STF vão a velório de Dad Squarisi

Outras autoridades, do legislativo, executivo e judiciário compareceram no velório de Dad Squarisi, editora de Opinião do Correio Braziliense, que faleceu nesta quinta-feira (10/8), por complicações de um câncer

Pablo Giovanni
postado em 11/08/2023 19:24 / atualizado em 12/08/2023 12:43
Ministro Ayres Britto compareceu ao enterro da editora de Opinião do Correio, Dad Squarisi -  (crédito: Minervino Júnior/CB/DA Press)
Ministro Ayres Britto compareceu ao enterro da editora de Opinião do Correio, Dad Squarisi - (crédito: Minervino Júnior/CB/DA Press)

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ayres Britto e os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda, Cristovam Buarque e Paulo Octávio, estiveram nesta sexta-feira (11/8), no velório da jornalista e editora de Opinião do Correio, Dad Squarisi.

O velório foi realizado na capela 5 do Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. À reportagem, Britto disse que ele e a esposa, Rita de Cássia, eram amigos próximos de Dad e exaltaram a importância da escritora ao país. “Nós saímos, com uma certa frequência, em bistrôs da capital federal. Nós bebemos dessa fonte cristalina, que é a bondade, civismo. Ela era tudo isso e muito mais. A Dad vai deixar uma lacuna muito grande. Fará muita falta”, disse.

“Não sei se é um ditado chinês, que dizia assim: ‘Uma metáfora vale mais do que mil palavras, e um exemplo vale mais do mil metáforas’. Era assim a nossa admiração por ela. Além de ser uma pensadora e escritora de mão cheia. Sinto muito pela perda dela para colegas e leitores do Correio Braziliense”, disse o ministro.

O ex-governador Arruda comentou que teve uma convivência muito fraterna com Dad. “Ela era uma professora, não só da língua portuguesa. Ela tinha uma elegância única. É uma perda muito grande para a nossa cidade, porque ela era uma referência enorme. Deixa um vazio”, disse. “Eu fiz uma mensagem nas redes sociais, e depois terminei dizendo que a minha preocupação era como ela corrigiria o que eu escrevi”, brincou o ex-governador, ao expor sua admiração pela editora do Correio

Já o ex-senador e ex-governador Cristovam Buarque (Cidadania-DF) exaltou o quão Dad foi importante para o país, sobretudo para a capital federal. “Nós tínhamos um relacionamento de amizade, mas também de um imenso respeito. A figura dela como pessoa humana e dessa coisa que ela foi a melhor no Brasil: a língua portuguesa. Nós precisamos de uma libanesa para ensinar o português bem, e ela foi essa figura”, exaltou.

Cristovam lembrou que era impossível não ler a coluna da Dad nas edições impressas do Correio Braziliense, aos domingos. “Todos nós fazíamos questão de ler, lá em casa. Ao mesmo tempo que aprendíamos, nos divertíamos. É uma grande perda”, contou o ex-governador.

Já o ex-governador Paulo Octávio (PSD-DF) lembrou que, além de Dad ser uma excelente jornalista, ela ensinou o bom português para várias gerações de brasilienses, exaltando que a morte dela representa um buraco na educação do país. “É uma professora que se tornou uma heroína de Brasília. É uma mulher elegante, grande educadora. Perdemos uma pessoa gigante da educação. Dad lutou bravamente para que nós, brasileiros, pudéssemos nos comunicar, escrever melhor. Ela sempre soube lutar por isso”, agradeceu.

“Ela, mesmo sendo libanesa, nunca se preocupou com isso. Soube valorizar a língua portuguesa como ninguém. As dicas que ela nos deu serão eternas, e isso só mostra o valor do que ela foi. Ela soube valorizar o que temos de bonito, que é a língua portuguesa”, completou o ex-governador.

Outras autoridades, como o ex-deputado Geraldo Magela (PT), secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), Sandro Avelar, e o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), desembargador Roberval Belinati, estiveram presentes no velório de Dad.

Velório

Cerca de 600 pessoas compareceram na capela 5 do Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. A jornalista morreu, nessa quinta-feira (10/8), após complicações de um câncer, aos 77 anos. Referência na língua portuguesa e no jornalismo do país, Dad nasceu em Chekka, no Líbano, em 1946, e cursou letras na Universidade de Brasília (UnB). Ela atuou como professora no Instituto Rio Branco por mais de uma década antes de passar no concurso para consultora legislativa do Senado Federal.

Dad deixa o filho, Marcelo, a nora, Katilen, e os netos, João Marcelo e Rafael, além de uma legião de fãs do seu impecável trabalho em veículos de comunicação como o Correio Braziliense, Estado de Minas e a TV Brasília.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação