Após receber a notícia da morte de Valderia Peres, a cuidadora de idosos Marizete Ribeiro dos Santos, 54, conta que ficou bastante abalada com o crime, ocorrido no Condomínio Residencial Verde Vale, no Setor Habitacional Arniqueiras. Segundo ela, o local é tranquilo e não costuma ter brigas ou confusões desde que começou a trabalhar na região, há seis meses.
"Estamos vendo muito isso (casos de feminicídio), mas nunca imaginamos que seja tão próximo. Fiquei muito abalada, porque é uma coisa horrível", lamenta.
Segundo Marizete, a patroa dela é amiga da vítima. "Ela ficou muito triste, porque disse ser uma pessoa trabalhadora para morrer assim. Ela jamais pensava que iria morrer desse jeito", relata.
A funcionária acrescenta que não ouviu barulho de briga ou gritos, pois o crime ocorreu no fim da rua do condomínio. "Só vi muito movimento de polícia chegando sem saber o que estava acontecendo. Aí um vizinho me avisou que foi um feminicídio", conta.
Na entrada do residencial, há movimento frequente de viaturas da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e de colegas de trabalho de Valderia. A vítima era policial civil da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam 2).
Por volta das 15h, uma van do Instituto de Medicina Legal (IML) entrou no condomínio e saiu em seguida. Cerca de 40 minutos depois, o veículo voltou a entrar no local.
O caso
Valderia Peres foi assassinada à facadas, nesta sexta-feira (11/8), pelo ex-marido, Leandro Peres Ferreira, 46 anos. O feminicídio aconteceu em Arniqueiras, onde a vítima morava. O autor fugiu.
O crime é o 23º feminicídio registrado no DF em 2023. O número de casos deste ano já é maior do que a quantidade de feminicídios registrada em todo o ano de 2022, quando ocorreu um total de 17 assassinatos de mulheres por questão de gênero.
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