Organização criminosa

Quadrilha do desmanche: foragido por roubo de motos é preso em São Sebastião

Em abril, a Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) cumpriu 26 mandados de prisão preventiva e 37 de busca e apreensão contra o grupo criminoso

Darcianne Diogo
postado em 10/08/2023 18:12
motos furtadas apreendidas pela polícia  -  (crédito: PCDF/ divulgação)
motos furtadas apreendidas pela polícia - (crédito: PCDF/ divulgação)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, nesta quinta-feira (10/8), um foragido da Justiça, de 29 anos, acusado de integrar uma organização criminosa especializada no roubo e furto de motocicletas na capital. Em abril, a Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) cumpriu 26 mandados de prisão preventiva e 37 de busca e apreensão contra o grupo criminoso no âmbito da primeira fase da operação Motoqueiro Fantasma.

A organização criminosa funcionava em São Sebastião e, segundo as investigações, os criminosos roubaram, furtaram e adulteraram 31 motocicletas. O foragido preso nesta quinta-feira ficou um tempo escondido na cidade de Arinos, em Minas Gerais, mas foi detido em São Sebastião.

As apurações revelaram que o homem integrava o núcleo operacional da organização e era responsável pelo gerenciamento do dinheiro obtido com a venda das motocicletas subtraídas, as quais eram revendidas em Minas Gerais.

Divisão

A polícia conseguiu mapear a ação dos criminosos. De acordo com a investigação, o grupo se dividia em núcleos: operacional, administrativo-logística e financeiro.

Na parte operacional ficavam aqueles responsáveis pelos furtos das motocicletas, praticados preferencialmente na área central de Brasília (Asas Sul e Norte; Sudoeste; Setor Hoteleiro; SIA), bem como demais regiões administrativas (São Sebastião, Ceilândia, Samambaia, Taguatinga e Guará). Já na logística, os criminosos ocultavam, faziam os desmanches e adulteravam os sinais identificadores.

Depois, levavam as motos até as chácaras e casas dos autores (esconderijos), onde tinham o chassi e placa modificados, de modo a serem preparadas para a venda e entregues aos receptadores. Por último, na parte financeira, as motocicletas passavam pelas transformações materiais e documentais para revenda. Os pagamentos eram feitos para contas bancárias de terceiros diretamente ligados a eles, visando dificultar o rastreamento da origem e destinação do lucro obtido.

Verificou-se, ainda, que o grupo contava com a participação de diversos indivíduos divididos em tarefas operacionais de furto e adulteração das motocicletas e financeiras voltadas para a venda das motocicletas a receptadores residentes em Minas Gerais e que eram responsáveis pela revenda na Bahia e em Goiás.

O transporte das motocicletas era realizado em pequenas caminhonetes, vans e até mesmo caminhões, que eram obtidos pelo líder do grupo e pelo receptador principal, incumbidos de revender as motocicletas fora do DF.

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