A defesa de Anderson Torres ainda avalia a possibilidade do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do distrito Federal depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF). O depoimento do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) está previsto para acontecer na quinta-feira (10/8).
O requerimento para ouvir Torres é de autoria dos deputados distritais Joaquim Roriz Neto (PL) e Fábio Felix (PSol). O ex-ministro já deixou de comparecer uma vez na CPI, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizar o gesto, ressaltando que cabia ao próprio Torres escolher se compareceria ou não.
Antes da decisão por não comparecer à tomada de depoimentos, a defesa anterior de Torres chegou a negociar a possibilidade de realização de uma sessão secreta com os distritais, sem a presença da imprensa e sem transmissão pelas redes sociais. O pedido teria sido feito para evitar exposição, principalmente para as filhas do ex-secretário, que não tinham contato com ele, na época, desde que havia sido preso, em 14 de janeiro.
O cenário, agora, é diferente, com Torres cumprindo medidas cautelares em casa. Os representantes do ex-secretário avaliam se ele irá ou não depor à CPI do 8/1 do DF. O termômetro será o depoimento a ser dado à CPMI do 8 de janeiro, no Congresso Nacional, na próxima terça-feira (8/8).
Congresso
A defesa de Anderson Torres confirmou a presença dele na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, na terça-feira (8/8). A informação foi confirmada ao Correio, neste domingo (6/8).
Os representantes apontam que o ex-ministro e ex-secretário vai depor e quer falar, apesar do pedido protocolado no STF para que ele possa ficar calado (dentro do direito que tem de não produzir provas contra si próprio). À reportagem, o advogado de Torres alega que o pedido foi apenas para preservá-lo.
“Nosso pedido foi para preservar o cliente quanto ao direito de não se auto-incriminar e para que não haja descumprimento das (medidas) cautelares, tendo em vista que ele tem que se recolher às 22h e não pode ter contato com outros investigados, que estarão na CPMI”, afirmou Eumar Novacki, ao Correio.
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