O policial militar da reserva de Minas Gerais acusado de estuprar três crianças no Distrito Federal tentou comprar o silêncio da família para não ser denunciado. Roberto Emídio Pereira teria cometido os abusos sexuais contra as vítimas ao longo de sete anos. Ele é considerado foragido da Justiça.
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O caso veio à tona após uma das crianças relatar os abusos aos pais. A vítima, os parentes e Roberto estavam em uma viagem de férias, em Caldas Novas (GO). Nesse passeio, o PM aproveitou uma oportunidade e estuprou o garoto. A declaração do menino era apenas o início para a descoberta de uma série de abusos de quase uma década cometidos pelo servidor público.
Depois do garoto, a irmã dele, de 17 anos, decidiu confessar aos pais que também havia sido estuprada por quase sete anos pelo policial. Ela alegou ter omitido os fatos por receio e falta de coragem de contar à família. Após o menino relatar a situação, os parentes registraram um boletim de ocorrência na 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) contra o acusado.
Investigação
Roberto mantinha uma amizade de décadas com os familiares das vítimas e era tido como tio de criação das crianças. Morador de Uberlândia (MG), ele vinha da cidade mineira para Brazlândia frequentemente visitar os amigos e aproveitava desses encontros para cometer os abusos.
O Correio apurou que, ao ser desmascarado pela família das vítimas, Roberto tentou comprar o silêncio para não ser denunciado. Ele chegou a oferecer o valor da venda de uma casa, de quase R$ 900 mil, para a família não levar o caso à polícia. Os familiares, no entanto, recusaram a proposta de imediato.
As investigações conduzidas pela 18ª DP comprovaram a autoria de Roberto. A autoridade policial enviou o inquérito à Justiça e pediu a prisão do autor. O PM foi denunciado pelo Ministério Público do DF e é considerado foragido. A Justiça do DF expediu um mandado de prisão preventiva contra o acusado.
Ao saber da determinação da prisão, o PM fugiu e foi visto pela última vez na BR 050, próximo ao KM56. Ele conduzia um Ford Ka preto. A Polícia Civil do DF divulgou a foto do acusado e pede para que, quem souber o paradeiro do suspeito, ligue para o número 197, da Polícia Civil.
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