O promotor do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Paulo Roberto Binicheski, que ficará responsável pelo grupo executivo — que terá como objeto de apuração crimes eleitorais, como inquéritos, procedimentos preparatórios, ações penais, entre outros, relacionados a Operação Lava-Jato — garante que a equipe tratará os processos com maior celeridade possível.
“O grupo, composto por mim, o promotor do MP Roberto Carlos Silva e os procuradores Luciana Guarnieri e Marco Aurélio Adão, dará andamento o mais rápido aos casos originários da Lava Jato, prosseguindo nos complexos delitos que estão reiniciando, agora, na Justiça Eleitoral”, pontuou Binicheski ao Correio.
Os promotores e procuradores fazem parte de um “pacto” fechado pelo MPDFT e procurador-geral da República, Augusto Aras, com o procurador eleitoral do DF Zilmar Drumond. Os órgãos decidiram ceder alguns profissionais para ajudar na análise de processos da Operação Lava-Jato, enviados ao Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF).
O grupo de trabalho atuará nas zonas 1° e 11° — escolhidas pelo presidente do TRE-DF, desembargador Roberval Belinati, para a investigação dos casos. Os processos da operação foram enviados à esfera eleitoral do DF após julgamentos dos tribunais superiores — Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF). Antes, parte dos casos enviados ao DF estavam na Vara Federal Criminal de Curitiba.
Processos
O TRE-DF recebeu 60 processos da Operação Lava-Jato e a expectativa é de que cheguem outros que relacionem empreiteiros, advogados, políticos, entre outros, no que é chamado de a maior investigação sobre corrupção realizada no Brasil.
Uma das maiores queixas de dentro do tribunal e no MP Eleitoral do DF é de que não havia pessoal suficiente e nem preparado para cuidar da magnitude desses processos, que são de cunho criminal. Com a criação do grupo de trabalho, a expectativa é de que haja braço suficiente para analisar os casos.
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