Investigação

Defesa de coronel Naime apresenta novo pedido de liberdade para Moraes

Pedido foi protocolado na tarde desta sexta (4/8). Naime é o único policial do alto-comando da corporação que permanece preso, em decorrência do 8 de janeiro

Pablo Giovanni
postado em 04/08/2023 16:30
Ele é o único policial, integrante do alto-comando da corporação no 8 de janeiro, que permanece preso -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Ele é o único policial, integrante do alto-comando da corporação no 8 de janeiro, que permanece preso - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A defesa do coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), apresentou um novo pedido de revogação da prisão. A solicitação foi enviada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do processo que tramita na Corte.

O pedido foi protocolado no sistema do STF nesta sexta-feira (4/8). Preso há seis meses na Academia de Polícia após ser alvo de uma operação da Polícia Federal, em 7 de fevereiro, Naime precisou de atendimento médico duas vezes na prisão. Em uma dessas ocorrências, ele foi encontrado por outros policiais com um armário sobre ele, precisando ser levado ao Hospital de Base, consciente. 

À época, ele passou por exames para identificar se havia sofrido traumas, fraturas ou lesões. No entanto, nada foi encontrado. Naime, quando foi preso estava diábetico e precisou ter a dosagem do remédio que toma para pressão ajsutada — que estava 6 por 4. Além desse medicamento, o oficial toma um remédio antidepressivo. Ele é o único policial, integrante do alto-comando da corporação no 8 de janeiro, que permanece preso.

CPI

Em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), o coronel disse que não sabe o motivo da detenção, porque estava de folga em 8 de janeiro, mas decidiu sair de casa e ir à Esplanada para combater os manifestantes. Ele é ex-comandante do Departamento de Operações (DOP).

Na CLDF, Naime apontou que o Exército atuou para proteger os terroristas, impedindo que a PM prendesse os acampados em frente ao Quartel-General (QG). Como estava de folga, quem respondia pelo DOP era o coronel Paulo José, apontado em um relatório como omisso pela PF por não ter realizado planejamento operacional.

Além da CPI do DF, o coronel foi ouvido na CPMI do Congresso Nacional, que também apura os atos golpistas de 8 de janeiro. Várias entidades militares já se posicionaram a favor da liberdade de Naime.

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