A equipe do Correio Braziliense recebeu, na tarde desta quinta-feira (3/8), uma oficina para discutir as coberturas jornalísticas em casos de violência doméstica. A palestra foi ministrada pela advogada Cristina Tubino, presidente da Comissão de Enfrentamento da Violência Doméstica da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF).
A oficina teve como público editores, subeditores, repórteres, infografistas, chargistas, fotógrafos e estagiários. Ao longo da palestra, a especialista abordou tópicos sobre violência de gênero, tipos de violência, ciclo da violência e detalhou sobre a lei Maria da Penha.
Em seu discurso, a advogada falou sobre o porquê a violência contra a mulher não tem uma solução fácil. “É um fenômeno social que tem várias origens e fundamentos. Então, temos que ver várias coisas, como, por exemplo, de onde vem a violência, porque a vítima não denunciou”, afirmou.
Na análise sobre o ciclo da violência, Cristina repudiou a forma como uma mulher vítima de feminicídio, por exemplo, é julgada pela sociedade ao não denunciar situações de violência doméstica antes de ser morta. “Não temos que buscar justificativas, se tem ocorrência ou não. Mas temos que saber o porquê ela não denunciou. Às vezes, ela tem vergonha ou não tem apoio da família e amigos ou não foi bem atendida em alguma delegacia. Existem mulheres que saem do ciclo na primeira agressão. Outras, vivem uma vida inteira nesse ciclo”, pontuou.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores.