Homicídio

Segundo envolvido no assassinato de PM aposentado segue foragido

Mateus Nascimento, 26, acumula antecedentes criminais por estelionato, ameaça, dano e falsificação de sinal público

O segundo suspeito de envolvimento no assassinato do policial militar aposentado Jacob Vieira da Silva, 62 anos, continua foragido. Mateus Nascimento, 26, acumula antecedentes criminais por estelionato, ameaça, dano e falsificação de sinal público. Segundo as investigações da Polícia Civil (PCDF), ele e o sócio, Bruno Oliveira Ramos, — filho de criação de Jacob e já preso — têm participação na morte do PM.

Por mensagens trocadas com a equipe do Correio à época dos fatos, Mateus se declarou inocente e alegou estar sendo vítima de uma injustiça. Disse, ainda, não ter sido intimado a depor pela polícia. No entanto, os investigadores da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), ao longo da apuração do caso, encontraram provas que indicam a participação de Mateus no crime. Uma delas é uma transferência bancária no valor de R$ 600 mil feito em nome de Jacob.

Redes sociais -
Arquivo pessoal -
Arquivo pessoal -
Arquivo pessoal -
Material cedido ao Correio -

Mateus também teria sido a última pessoa a ver o policial no dia que ele desapareceu, em 10 de julho. Em depoimento informal prestado na Delegacia da Cidade Ocidental, o investigado contou que se encontrou com o PM para entregar a ele uma quantia de R$ 15 mil referente aos juros de uma dívida. Outra hipótese levantada pela polícia é sobre o proprietário do Ford Ka utilizado para buscar Jacob em casa. As imagens das câmeras de segurança flagraram o veículo na porta do servidor.

Os criminosos usaram uma placa clonada, o que dificultou as investigações. No entanto, fontes afirmam que o carro é do mesmo modelo e cor do veículo de Mateus.

O crime


Logo após o assassinato de Jacob, Mateus mudou de casa, no Jardim Ingá, em Luziânia (GO), e retirou todos os móveis da residência. Por mensagem, ele disse ter feito isso por estar recebendo ameaças. O corpo do PM foi encontrado em 18 de julho, dentro de uma cisterna, na chácara pertencente a Bruno.

O Correio esteve em um condomínio onde reside uma familiar de Mateus, no Friburgo, na Cidade Ocidental. Ao Correio, moradores relataram que o investigado costuma intimidar moradores, andar armado na frente de crianças e extorquir pessoas. Por mensagens, Mateus conversou com a reportagem e alegou inocência. No entanto, a PCDF pede para que, quem souber qualquer informação sobre o foragido, ligue para o número 197, da Polícia Civil.

Bruno está preso temporariamente no Complexo Penitenciário da Papuda. Os dois vão responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.