O passeio motociclístico, tradição do Capital Moto Week (CMW) desde a sua primeira edição, há 20 anos, ocorreu ontem e reuniu os amantes das duas e três rodas de várias localidades do país. Saiu do Parque de Exposições da Granja do Torto e passou por diversos pontos turísticos e arquitetônicos do Distrito Federal. De acordo com a organização do festival, cerca de 35 mil motocicletas marcaram presença no encontro que marca o encerramento do evento.
Para um dos organizadores do Capital Moto Week, Pedro Franco, o passeio se tornou um marco para Brasília. "É o momento em que o público, que vem de todos os estados e de dezenas de países, tem a oportunidade de conhecer os principais pontos turísticos e a beleza da capital federal", afirmou.
O percurso de 53km passou por locais que fazem o cartão postal da cidade, como a Ponte JK e o Congresso Nacional. O trajeto completo teve início na Granja do Torto, desceu o Eixão Norte, entrou no Eixo Monumental, sentido EPIA, passou pela Praça do Cruzeiro em direção à Esplanada dos Ministérios. Em seguida, o comboio atravessou a Ponte JK, subindo até o balão do Jardim Botânico, fez o retorno e foi novamente em direção à ponte. Por fim, os motociclistas voltaram para o Parque de Exposições Granja do Torto.
Liberdade
Qualquer pessoa, seja em moto ou triciclo, poderia participar do passeio. Por isso, o aposentado Maximino Fernandes, 63 anos, aproveitou para levar seu veículo de três rodas para curtir o momento. Conhecido no meio motociclístico como Max, morador da 205 Sul, ele contou que aproveita tanto o CMW quanto o passeio há 10 anos. "Sinto que ele está em constante evolução. A cada ano que passa, está melhorando, se estruturando e ficando cada vez mais organizado", elogiou.
Para Max, o passeio é um momento agradável, que pode ser utilizado como lazer familiar. "Muitas vezes, pensam que, por serem motociclistas, vai ser bagunçado. Só que não é assim. Acho que vale a pena as pessoas virem para conhecer", aconselhou. "É emocionante. A gente vê motos de diversas cilindradas e modelos, dá uma alegria no coração", observou.
O motivo para estar pilotando um triciclo foi um acidente sofrido enquanto estava de moto, voltando do Deserto do Atacama. "Meus primeiros passeios foram com moto. Só que sofri o acidente e tive que trocar o veículo. Mas do ventinho na cara e da sensação de liberdade, não poderia abrir mão", brincou. "Não posso dizer que a emoção é a mesma, mas a liberdade é igual", complementou Max.
Sobre o Capital Moto Week, o morador da Asa Sul já está contando os dias para a próxima edição. "Fui com minha esposa em todos os dias do festival, para curtir os shows. Já começa a deixar saudade, porque a gente conhece muitas pessoas, até de outros países, e troca muita ideia. Então, fica o sentimento de querer que chegue logo o ano que vem, para começar tudo de novo", ressaltou o aposentado.