O Distrito Federal tem um novo método que complementa as estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti: o método Wolbachia. Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), a técnica consiste na liberação de mosquitos contaminados com bactérias Wolbachia, um microorganismo que reduz o potencial para a transmissão de doenças por estes vetores.
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A expectativa é a de que a população de mosquitos incapazes de transmitir dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana seja maior que a dos potencialmente transmissores e que isso, com o tempo, vá se disseminando naturalmente. De acordo com a SES, a técnica não traz riscos para os humanos.
A legislação começou a valer na última quarta-feira ( 26/7), quando foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) —Lei Nº 7.306 de 2023 — e determina a inclusão do método nos serviços da Secretaria de Saúde do DF. Mas não há, ainda, um prazo para início das atividades na capital do país, mas já estão sendo feitos encontros entre os pesquisadores que desenvolveram o Wolbachia já é aplicado em vários estados e municípios do Brasil.
Atualmente, a SES-DF realiza diferentes ações contra o mosquito Aedes aegypti, com uso de mais de 28 veículos para a aplicação de inseticida (o chamado "fumacê") e disponibilização de aproximadamente 700 servidores para a visitação de imóveis, onde realizam combate de larvas, aplicação de larvicidas e ações educativas para a população sobre como evitgar focos do mosquito. Neste ano, também foram feitas atividades em apoio a municípios no Entorno do DF.
Contaminação em baixa
Em 2023, o DF colhe os resultados das ações de vigilância ambiental de anos anteriores. O último Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), divulgado em maio, no fim do período chuvoso, mostrou que o índice de infestação na capital estava em 0,5%. No período, foram visitados mais de 26 mil imóveis, nos quais 132 apresentaram locais com larvas.
O principal resultado é a proteção contra a dengue. Este ano, foram notificados 22,8 mil casos suspeitos da doença entre moradores do DF, uma queda de 62,2% frente ao mesmo período do ano passado.
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Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)