Derrubadas

Moradores da área rural Ponte Alta querem criar Região Administrativa

Uma ação da Secretaria DF Legal realizou hoje (26/7) a derrubada de edificações na Ponte Alta, no Gama. Para frear as operações, associações de moradores demandam que a localidade se torne Região Administrativa.

A Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) realizou uma operação de derrubada na área rural da Ponte Alta, localidade da região norte do Gama. A retirada das construções ocorreu durante a manhã e durou até o início da tarde de hoje (26/7) e foi acompanhada pela Polícia Militar do DF (PMDF), que não realizou nenhuma prisão. Também estiveram presentes moradores do Gama e representantes de associações locais.

Segundo o DF Legal, a ação teve função de interromper a construção de edificações e outras caracterizações de condomínios, como muros, portões e arruamentos, como informa a mensagem enviada ao Correio.

Problema recorrente

“Não só eu, mas também os outros moradores. Tudo isso foi pago, se existia alguma coisa que dizia que era ilegal, nós não sabíamos”, é o que declara Wanda Marcia Silva Rocha, de 59 anos, que vive na região do Gama há mais de 20 anos. A moradora comenta que as derrubadas são comuns por ali, e foram intensificadas na gestão Ibaneis.

Wanda faz parte do grupo de moradores que compõem a prefeitura de Ponte Alta Norte, Casa Grande de Olhos D’Água, associação que busca acompanhar todas as ações para retirar moradores e eliminar terrenos. Para ela, a solução para o problema das moradias irregulares é o reconhecimento da Ponte Alta como uma das Regiões Administrativa (RA) do DF, o que proporciona melhorias estruturais na localidade, a partir do pagamento de impostos pelos habitantes.

Acervo Pessoal -
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Acervo Pessoal -
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Exemplo de outra RA

Para ilustrar seu argumento, Wanda cita o caso do Sol Nascente, que passou a ser considerada Região Administrativa em 2019, após quase duas décadas como setor habitacional da cidade de Ceilândia. Desde então, a localidade passou a abrigar três unidades de saúde, três escolas públicas e um Centro Olímpico e Paralímpico (COP).

 *Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

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