Pacientes pisquiátricos que fazem oficina de mosaico agora vão poder tirar a carteira de artesão. Uma parceria do Caps II do Riacho Fundo com a Secretária de Turismo (Setur) do Distrito Federal pode tornar a terapia dos paciente em uma fonte de renda. O mosaico, é uma das terapias para ajudar no controle da ansiedade e depressão, pois é uma arte bastante valorizada e tem um processo demorado. Com a Carteira de Artesão o paciente pode se profissionalizar e participar de feiras artesanais.
Documentos obrigatórios
Para obter a carteira é necessária documentação, o preenchimento de um formulário com dados pessoais, cópia do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas), identidade (RG) e comprovante de residência. Além disso, preciso apresentar fotos do trabalho manual e enviar um vídeo de três minutos produzindo as peças. Em até 30 dias a carteira está pronta e é lançada no Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), com validade de seis anos. A entrega dos documentos deve ser feita no Caps II, localizado na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), Quilômetro 4, Área Especial s/n, Avenida Sucupira, Granja do Riacho Fundo e funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e das 13h30 às 17h.
Comercialização
Com a geração de renda é possível comercializar as peças em feiras da região. A Carteira Nacional do Artesão possui registro junto ao Setur-DF e busca facilitar a venda dos produtos em feiras de artesanatos, em eventos locais e nacionais. Os participantes da oficina de Mosaico ainda poderão participar de editais públicos para a comercialização dos seus produtos em shoppings, sem pagar Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A oficina ocorre toda terça feira, das 14h às sextas feiras, de forma quinzenal, das 9h às 12h. Ela é voltada aos pacientes atendidos pelo Caps II do Riacho Fundo, que acolhe usuários da Região Centro-Sul de Saúde - que abrange Gama, Santa Maria, Riacho Fundo I e II, Estrutural, Candangolândia, Guará I e II, Núcleo Bandeirante e Park Way.
Experiência
Fundada em 2006, a Oficina de Mosaico já ajudou mais de 1500 pacientes que, junto com tratamento, se tornaram artesãos. Hoje em dia, o ateliê possui 25 alunos vinculados ao Caps II do Riacho Fundo. Os participantes aprendem a mexer com botões, casca de ovo, cerâmica, madeiras e com restos de ferramentas. Aos alunos também é ensinada a técnica da boneca Abayomi (feita com pedaços de malha, sem nenhuma costura, apenas nó ou tranças).
Os Caps recebem muitas demandas de pessoas a partir de 18 anos que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes. Não é preciso um agendamento para o paciente ser acolhido. O atendido é feito por uma equipe profissional que realizará a avaliação e devido encaminhamento.
A instituição que queira solicitar a carteira, deve reunir, no mínimo, 25 pessoas interessadas para adquirir o documento. É necessário enviar um e-mail para artesanato@setur.df,gov.br e formalizar o pedido com informações sobre o projeto. É preciso que os participantes tenham capacidade de elaborar um bom produto. Para mais informações acesse saude.df.gov.br
*Estagiária sob a supervisão de Márcia Machado