O segundo suspeito de envolvimento no assassinato do policial militar aposentado Jacob Vieira, 62 anos, é Mateus Nascimento, 26, considerado foragido da Justiça. Mateus é sócio de Bruno Oliveira Ramos, filho de criação de Jacob, e teria sido a última pessoa a encontrar o PM. Na manhã desta quarta-feira (26/7), a Polícia Civil do DF deu cumprimento ao mandado de prisão temporária contra Bruno.
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A identificação de Mateus foi divulgada em primeira mão pelo Correio. Segundo o delegado-adjunto da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), Renato Martins, Mateus morava no Jardim Ingá, em Luziânia, e se mudou da residência logo após o crime. "Ele retirou todos os móveis de casa", afirmou durante coletiva de imprensa promovida nesta quarta-feira.
Nessa terça-feira, o Correio esteve em um condomínio onde reside uma familiar de Mateus, no Friburgo, na Cidade Ocidental. Ao Correio, moradores relataram que o investigado costuma intimidar moradores, andar armado na frente de crianças e extorquir pessoas. Por mensagens, Mateus conversou com a reportagem e alegou inocência. No entanto, a PCDF pede para que, quem souber qualquer informação sobre o foragido, ligue para o número 197, da Polícia Civil.
Motivação
Jacob desapareceu na tarde de 10 de julho, ao sair de casa, em Santa Maria. No dia do sumiço, o PM foi buscado na residência por um Ford Ka. O motorista não foi identificado.
Em um primeiro depoimento prestado na Delegacia da Cidade Ocidental, Mateus contou que encontrou Jacob na BR-040 no dia 10. O encontro seria para entregar um valor de R$ 15 mil ao PM referente ao pagamento de um juros. Depois disso, Jacob não foi mais visto. "O Bruno disse, durante a oitiva, que ele e Mateus teriam pegado um valor R$ 150 mil emprestado com Jacob. O dinheiro seria para os dois", disse o delegado.
Mateus conhecia Jacob há cerca de três meses. As investigações revelaram ainda que, na conta de Mateus, havia uma transferência bancária no valor de R$ 600 mil feita por Jacob. As circunstâncias desse depósito ainda são investigadas pela polícia.
O foragido acumula passagens por estelionato, desacato e dano. Agora, ele é investigado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.