Mercado de Trabalho

Desemprego se mantém estável entre os meses de maio e junho no DF

A pesquisa divulgada pelo IPE-DF e Dieese também traz recorte sobre as mulheres negras do DF e Entorno no mercado de trabalho. E aponta que setores com maior quantidade de ocupados foram os de serviço e a indústria de transformação

Pesquisa de Emprego e Desemprego do Distrito Federal (PED-DF) de julho, apresentada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística (IPE) do DF e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) hoje (25/7), constatou que a taxa de desemprego no DF se manteve estável em relação ao mês anterior, oscilando de 16,5% em maio para 16,3% em junho. A relativa estabilidade, segundo o IPE, deu-se pelo aumento de ocupados por um lado (+17 mil postos de trabalho) e crescimento da População Economicamente Ativa por outro (+16 mil pessoas com 14 anos ou mais, ocupadas ou desempregadas).

Conforme  levantamento, os setores que apresentaram aumento na quantidade de ocupados foram os de serviço (+19 mil) e de indústria de transformação (+2 mil). Já nas áreas de comércio e reparação e construção, as perdas foram de 1 mil e 4 mil no número de ocupados, respectivamente.

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Área metropolitana

Na Periferia Metropolitana de Brasília (PMB), que compreende os 12 municípios goianos vizinhos ao Distrito Federal (Águas Lindas, Alexânia, Cidade Ocidental, Cocalzinho, Cristalina, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso), a taxa de desemprego passou de 19,1% em maio para 18,6% em junho.

O aumento de ocupados (+16 mil postos de trabalho) em volume superior ao crescimento da População Economicamente Ativa (+12 mil pessoas), na Área Metropolitana de Brasília (AMB), que abrange o DF e a PMB, fez com que a taxa de desemprego passasse de 17,2% para 16,9%, em toda a região.

Mulheres Negras

Juntamente com o trabalho, também foi divulgado o Boletim Anual da Mulher Negra, em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho. O boletim apontou que, em 2022, 1,26 milhão de mulheres negras faziam parte da população em idade ativa (14 ou mais), na AMB, correspondendo a 35,9% do total de pessoas em idade para trabalhar na região.

Entre os quatro grupos definidos por sexo e raça/cor, as mulheres negras formavam o maior deles, seguidas pelos homens negros (32,4%), mulheres não negras (17,8%) e homens não negros (13,9%).

Quando se trata apenas da Periferia da Região Metropolitana de Brasília, as mulheres negras corresponderam a uma fatia ainda maior da população economicamente ativa: 42,1%. Entre as mulheres negras da Área Metropolitana de Brasília, 68,4% residiam no Distrito Federal e 31,6% na Periferia Metropolitana de Brasília. Na PMB, as mulheres negras respondiam por 52,4% da população inativa e por 37,5% da População Economicamente Ativa.

No Distrito Federal, as mulheres negras correspondiam a 29,5% dos ocupados, um contingente de 412 mil com trabalho remunerado. Em contrapartida, representavam 38,7% dos desempregados, contabilizando 98 mil nesta situação.

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