Representantes do movimento hip hop de todo o Brasil formalizaram em Brasília, nesta segunda-feira (17/7), pedido de registro do hip hop brasileiro como Patrimônio Cultural do Brasil. Em marcha, os participantes saíram da praça Zumbi dos Palmares, em frente ao Conic, percorrendo as ruas da capital federal (DF) em direção à sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), onde foram recebidos pelo presidente do órgão, Leandro Grass.
Durante a caminhada e em frente ao Iphan, os presentes fizeram as principais manifestações deste tipo de cultura: batalha de rimas, apresentação de breakingdance e grafitagem de painéis. O pedido de registro está embasado em um inventário, realizado pelo próprio movimento, em todos os estados brasileiros. A partir desse documento, foi elaborado um dossiê que mapeou o percurso do hip hop no Brasil, identificando formas de expressão e lugares que o compõem.
Durante o evento, estiveram presentes, além dos representantes do hip hop, autoridades dos poderes Executivo e Legislativo federal e distrital, servidores públicos e o diretor do Departamento do Patrimônio Imaterial (DPI) do Iphan, Deyvesson Gusmão, que acompanharam a entrega ao presidente do Instituto, Leandro Grass.
Caminhos
O pedido de registro entregue ao Iphan será analisado pelo corpo técnico da instituição e depois terá sua pertinência preliminar avaliada pela Câmara Setorial do Patrimônio Imaterial. Caso seja considerado válido, o processo segue para a etapa de documentação e pesquisa sobre o bem cultural. Finalizada essa fase, o pedido será avaliado novamente pelos técnicos do instituto, que vão emitir um parecer final e enviar o processo de registro para o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. Essa etapa passará por especialistas no campo do patrimônio, que têm a prerrogativa de dar a decisão final sobre o registro de um bem cultural imaterial.