O médico que atendeu o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Jorge Eduardo Naime, diagnosticou que o oficial estava com a pressão baixa. Naime foi encontrado na madrugada desta quinta-feira (13/7) desacordado dentro da cela onde está preso, na Academia de Polícia.
O ex-comandante da corporação foi encontrado no chão, com um armário sobre ele. De lá, o oficial foi levado ao Hospital de Base pelos próprios militares, já consciente e estável. Naime passou por exames para identificar se havia sofrido traumas, fraturas ou lesões. No entanto, nada foi encontrado.
O médico aferiu a pressão do oficial e constatou que estava baixa, de 6 por 4. O clínico decidiu, então, ajustar a dosagem do remédio que o coronel toma para pressão. Além desse medicamento, Naime toma um remédio antidepressivo e tem um quadro pré-diabético. Logo em seguida, o coronel foi liberado e escoltado de volta à unidade onde está preso.
- Coronel Naime é encontrado desacordado em cela e levado ao hospital
- Moraes decide manter preso ex-chefe do DOP da PMDF Jorge Eduardo Naime
- Associações nacionais de militares pedem liberdade para o coronel Naime
- Naime estava pré-diabético quando foi preso em operação da PF para o 8/1
O coronel está detido desde 7 de fevereiro, após ser alvo da Operação Lesa Pátria, da PF, no desdobramento das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), o coronel disse que não sabe o motivo da detenção porque estava de folga em 8 de janeiro, mas decidiu sair de casa e ir à Esplanada para combater os manifestantes. Ele é ex-comandante do Departamento do Operações (DOP).
Na CLDF, Naime apontou que o Exército atuou para proteger os terroristas, impedindo que a PM prendesse os acampados em frente ao Quartel-General (QG). Como estava de folga, quem respondia pelo DOP era o coronel Paulo José, apontado em um relatório como omisso pela PF por não ter realizado planejamento operacional.
Além da CPI do DF, o coronel foi ouvido na CPMI do Congresso Nacional, que também apura os atos golpistas de 8 de janeiro.