FEMINICÌDIO

Bruno Mares responderá como réu pela morte da esposa, na frente dos filhos

O homem, de 38 anos, alega ter cometido feminicídio motivado por ciúmes. Ele e Patrícia estavam casados há 18 anos. Durante uma discussão, ele a acusou de infidelidade, a empurrou e atirou a queima roupa

Bruno Gomes Mares, 38 anos, responderá como réu pelo assassinato da enfermeira Patrícia Pereira de Sousa, 41, de acordo com decisão judicial que levou em conta denúncia feita pela Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri do Gama. O feminicídio ocorreu no dia 30 de junho, no Setor Leste do Gama, na residência do casal e em frente aos seus dois filhos.

Bruno e Patrícia eram casados há 18 anos. Conforme a denúncia, o relacionamento era marcado por episódios de violência física e psicológica por parte do marido. O feminicida acusava Patricia de infidelidade e, durante uma discussão, a empurrou e atirou contra ela. O homem fugiu do local e foi pego em 3 de julho, carregando ilegalmente uma pistola e 11 munições.

Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) Bruno agiu movido pelo sentimento de posse quanto à vítima, dificultou a defesa de Patrícia por tê-la empurrado e, de forma súbita, efetuou os disparos, o que classifica feminicídio. A Promotoria de Justiça pediu também que o réu continue preso e pague indenização por danos morais à família da esposa.

Bruno Gomes foi preso dias depois do crime, na tarde de segunda-feira (3/7), após confessar a autoria. Aos agentes, ele argumentou que matou a companheira em legítima defesa. Ele foi capturado em  Luziânia, entorno do Distrito Federal, tentando se esconder da polícia.

 

* Estagiário sob supervisão de Hylda Cavalcanti

 

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