Agricultura

Pesquisa apresenta diagnóstico da agricultura urbana e periurbana no DF

IPEDF classificou áreas potencias para a produção da agricultura urbana e peruirbana no DF. De acordo com o levantamento, foram identificados 6.015 pontos de cultivo no DF

O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentou, nesta terça-feira (11/7), o estudo “Agricultura Urbana e Periurbana no Distrito Federal”. A pesquisa fez um diagnóstico da agricultura no DF, suas características e atores, as tipologias encontradas e os potenciais de produção, com o objetivo de refletir sobre o desenvolvimento dessa prática na capital federal.

O estudo classificou áreas potenciais para a produção da agricultura urbana e periurbana no DF, com estimativa de abastecer cerca de dois milhões de pessoas com hortaliças e três milhões com frutíferas, contribuindo para redução da insegurança alimentar. De acordo com o levantamento, foram identificados 6.015 pontos de cultivo no DF, dos quais 1.282 estavam em áreas urbanas.

Também foi destacado que a produção alimentar contribui para o manejo das áreas de solo exposto e para a revitalização de áreas degradadas. As regiões administrativas que apresentaram maior concentração de agricultura urbana e periurbana são: Vicente Pires, com 191 pontos, e Park Way, com 154. Muitas áreas cultivadas se fazem presentes desde as décadas de 1970 e 1990, como Vicente Pires, antiga colônia agrícola parcelada para fins habitacionais.

No entanto, ainda não há um cadastro com a identificação dos produtores, suas propriedades e produções, dificultando a avaliação do impacto da atividade nas cadeias de produção e consumo do DF. Mesmo com legislação específica, as agriculturas urbana, periurbana e rural ainda se confundem, ocasionando dificuldades de acesso a insumos, difusão de tecnologias, financiamentos e apoio técnico.

De acordo com o estudo, a prática da agricultura urbana e periurbana no DF podem ser caracterizada em quatro tipologias:

Agricultura de área remanescente rural ou de resistência: voltada para fins comerciais e/ou de subsistência, que se localizam em áreas que compõem o cinturão verde produtivo e que foram urbanizadas devido ao processo de expansão urbana. Presente nas RAs Riacho Fundo, Sol Nascente/Pôr do Sol e Vicente Pires.


Agricultura periurbana: abrange cultivos desenvolvidos nas franjas urbanas ou fora da área urbana consolidada, com foco na comercialização e autoconsumo. Os acampamentos e assentamentos de reforma agrária estão incluídos nessa categoria. Presente nas RAs Brazlândia, Paranoá, Park Way, Planaltina, Sobradinho I e II.


Quintais produtivos ou biodiversos: áreas públicas ou privadas em regiões urbanas e periurbanas, com jardins produtivos, hortas, frutíferas, plantas medicinais e criação de pequenos animais, com foco no lazer, autoconsumo e/ou de comunidades. Presente nas RAs Guará, Plano Piloto e São Sebastião.


Agricultura urbana de ativismo: uso de áreas públicas para plantio, capaz de reestruturar o espaço urbano e revitalizar áreas degradadas a partir de sua expressão ativista. Presente na RA Plano Piloto.

*Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF)

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