Representantes das cooperativas de recicláveis do Distrito Federal vão se reunir, nesta sexta-feira (7/7), com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU-DF) para discutir reajustes contratuais. O encontro ocorre um dia após manifestantes das cooperativas terem bloqueado parte da Via Estrutural, em repúdio às condições salariais vigentes.
O presidente do SLU informou que, entre maio e janeiro deste ano, as 41 cooperativas do DF receberam R$17.980.425,64 — em maio foram pagos R$ 1.883.097,86. Os valores repassados auxiliam no pagamento de despesas e da aposentadoria dos trabalhadores pelo INSS. O SLU também ressaltou que a responsabilidade pelo repasse aos catadores é das cooperativas.
Em nota, a autarquia afirmou que “respeita e reconhece a importância do trabalho dos catadores, inclusive incentivando a regularização de todos, o que possibilita trabalho mais seguro e estável”.
Hoje, são mantidos 41 contratos pelo órgão, sendo 22 para coleta seletiva e 19 para serviços de triagem. São empregados 1.297 catadores.
A manifestação
Na última quinta-feira (6/7), membros de cooperativas de catadores de materiais recicláveis bloquearam a Via Estrutural, sentido Taguatinga, por volta das 15h30. Segundo o SLU, duas empresas participaram da ação: Recicla Brasília e Coopernoes.
Veja vídeo:
Cerca de 50 manifestantes se reuniram na pista por volta das 15h30 e atearam fogo em pedaços de madeira e pneus para impedir o trânsito. A situação se agravou quando um conflito entre os condutores e os manifestantes teve início. Uma funcionária de uma das cooperativas foi atingida por uma pedra na boca. Um dos motoristas puxou um facão para intimidar os manifestantes.
A Polícia Militar (PMDF) e o Corpo de Bombeiros foram chamados para controlar a situação. Pouco tempo depois, a pista foi liberada. O protesto gerou um engarrafamento de cerca de 4km.
*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel