As estações de metrô de Ceilândia recebem, até 10 de julho, a segunda edição do projeto Mulheres Visíveis, que propõe a reflexão sobre a violência contra a mulher por meio da dança. Seis bailarinas realizam uma performance enquanto o passageiro, com um fone de ouvido em mãos, ouve a narração de um caso verídico.
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Com financiamento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), a proposta é dar movimento a histórias reais de violência contra a mulher a partir de apresentações de dança oferecidas aos usuários do metrô. Assim como a primeira edição do projeto, Mulheres visíveis: uma entrega pra você!, realizado em 2022, as apresentações deste ano trazem histórias reais da obra Invisíveis Marias - Histórias além das quatro paredes, da juíza do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Rejane Jungbluth Suxberger.
A primeira edição do projeto foi tema da pesquisa de mestrado em Artes da Cena pela Universidade Federal de Goiás (UFG) da idealizadora, Maria Antonieta Vilela Mendes. Durante as apresentações, que aconteceram em Águas Claras, Arniqueiras, Guará e Taguatinga, houve retornos positivos dos interlocutores.
Segundo ela, uma das entrevistadas disse que, a partir da apresentação, estabeleceu uma relação entre violência doméstica e a escolha de candidatos às eleições. "Outra passou a assimilar o local com a performance, disse que toda vez que passava ali, lembrava do áudio e da performance", conta a idealizadora do projeto.
Para Antonieta, esse tipo de experiência contribui para a sensibilização da sociedade, além de disseminar a experiência com a arte, multiplicando os resultados do projeto nas redes de sociabilidade. O alto número de casos de violência contra a mulher foi a principal motivação para ela realizar a segunda edição do projeto. “Agora, vamos à Ceilândia, onde os números são mais altos. Espero que os usuários das estações contempladas possam ser sensibilizados pelas nossas entregas de dança”, afirma a idealizadora.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), de janeiro a março de 2023, foram registradas 4.290 denúncias. Dessas, a maioria (545 casos), ocorreram em Ceilândia. Apenas no primeiro semestre deste ano, a capital do país registrou 19 casos de feminicídio e ultrapassou a quantidade de 2022 inteiro.
Cronograma de apresentações nas estações de metrô
1º de julho: - Ceilândia Sul
2 de julho: Ceilândia Sul, Ceilândia Centro, Guariroba, Ceilândia Norte e Ceilândia
3 e 4 de julho: Ceilândia Centro
5 e 6 de julho: Guariroba
7 e 8 de julho: Ceilândia Norte
9 e 10 de julho: Ceilândia
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