DIVERSIDADE

Águas Claras, Plano Piloto, Varjão e Sobradinho são RAs com mais LGBTQIA+

Estudo do IPEDF traça perfil da população LGBTQIA+ no Distrito Federal. Levantamento aponta que quase 88 mil pessoas acima de 18 anos se identificam neste grupo populacional. Em média, elas têm 36 anos e 65% trabalham

O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), de forma pioneira, incluiu na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) de 2021 perguntas sobre a orientação sexual e a identidade de gênero da população com mais de 18 anos, o que permitiu estimar a população residente no Distrito Federal, nessa faixa etária, que se identifica como LGBTQIA+.

Com o objetivo de criar políticas públicas eficazes para suprir as necessidades específicas desta população, foram apresentados, em 2022, dois materiais sobre o tema: um da série Retratos Sociais 2021, que traz o perfil sociodemográfico de pessoas LGBTQIA+ a partir de dados da Pdad 2021, e outro com os resultados da pesquisa Identidade de gênero e orientação sexual no DF: um olhar inclusivo, que mostra as vivências da comunidade LGBTQIA+ em relação a família, participação social, entre outros.

O levantamento mostra que, em 2021, 87.920 pessoas se identificaram como LGBTQIA+, o que equivale a 3,8% da população com 18 anos ou mais, sendo 1% transgênero e 3% lésbicas, gays, bissexuais e outros. Separados por região administrativa, as RAs de Águas Claras, Plano Piloto, Varjão e Sobradinho II foram as que se destacaram com os maiores percentuais de LGBTQIA+ em sua população.

Idade

Sobre a faixa etária, a comunidade LGBTQIA+ é mais nova que a população não LGBTQIA+. Cerca de 41% têm entre 18 e 29 anos, enquanto entre outro grupo populacional, essa proporção é de 25%. A idade média das pessoas LGBTQIA+ pesquisadas no DF é de 36 anos, desmembrando os grupos: gays, 34 anos; lésbicas, 36 anos; bissexual e outros, 32 anos; e transgêneros, 41 anos.

Estado civil

A maior parte das pessoas LGBTQIA+ são solteiras (59%), frente aos 38% entre a população não LGBTQIA+. O oposto acontece com o estado civil casado: 34% das pessoas LGBTQIA+ são casadas, enquanto entre as não LGBTQIA+ essa proporção é de 51%.

Educação

Na educação, a população LGBTQIA+ possui proporção de pessoas com ensino superior completo maior do que a população não LGBTQIA+: 44% das pessoas LGBTQIA+ com 25 anos ou mais têm superior completo, contra 34% entre a população não LGBTQIA+.

Empregabilidade

No mercado de trabalho, 65% dos LGBTQIA+ declararam estar trabalhando. Entre os não LGBTQIA+, essa proporção é de 56%. O rendimento médio do trabalho das pessoas LGBTQIA+ é de R$ 7.876,30, valor superior ao observado entre a população não LGBTQIA+, segundo a Pdad 2021 (R$ 6.914,10).

Com informações da Agência Brasília

 

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