Obituário

Morre o terapeuta reichiano Satbodhi Lisboa, aos 69 anos

O terapeuta reichiano morreu por conta de complicações nos rins, de acordo com a ex-mulher e mãe de seus dois filhos. Ele morava no interior de São Paulo, local onde o enterro deve ocorrer

Morreu, aos 69 anos, na noite deste sábado (1º/7), Antônio Márcio Junqueira Lisboa Júnior, filho do pediatra Antônio Márcio Junqueira Lisboa, conhecido como doutor Lisboa, que ajudou a fundar a Faculdade de Medicina da Universidade Brasília (UnB), o Centro de Estudos Perinatais do Planalto Central e a Sociedade de Pediatria de Brasília.

Antônio Márcio Junqueira Lisboa Júnior, conhecido como Satbodhi Lisboa, foi terapeuta reichiano (terapias de consciência corporal) e ex-aluno da UnB. Ele morreu em Monteiro Lobato, cidade do interior de São Paulo, local onde morava com a atual esposa, Deva Prashanto. Segundo a ex-mulher e mãe dos dois filhos de Satbodhi, Marga Selma, a morte de Sat — como era carinhosamente conhecido — foi um choque para todos. "Apesar da saúde debilitada, ele era uma pessoa com muita vontade de viver, mesmo nos últimos momentos de vida", destacou.

De acordo com Marga, os dois ficaram juntos por 15 anos e, mesmo após a separação, o relacionamento entre foi tranquilo. “Agradeço muito pelos filhos que ele me deu. O início da separação foi muito difícil, mas, com o tempo, as coisas foram se transformando. Mesmo depois de separados, ele continuou um pai presente, apesar de estar sempre viajando a trabalho”, detalhou.

O jornalista Devam Bhaskar (Geraldinho Vieira) tinha Satbodhi Lisboa como um irmão. Ele conta que conheceu o amigo na meditação e o definiu como “um hilário contador de histórias”. “Muitas vezes nos juntamos com outros companheiros de jornada e cerveja, e não era raro nos embalarmos pelo humor das narrativas finas com que Sat temperava uma visão de nossas próprias vidas ilustrada por ‘causos’ fabulosos de dentro e fora dos salões de meditação”, lembrou.

Satbodhi Lisboa deixa, além dos dois filhos, três netos. O enterro deve ocorrer na cidade em que ele morava, Monteiro Lobato, segundo Marga Selma.

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