Chacina

Chacina no DF: juiz marca depoimento de testemunhas e réus para setembro

Após adiar audiência, juiz marcou novamente depoimento de réus e testemunhas no caso que chocou o país. As oitivas durarão três dias

Pablo Giovanni
postado em 31/07/2023 19:55 / atualizado em 31/07/2023 20:04
Caso envolve o assassinato de 10 pessoas de uma mesma família -  (crédito: Reprodução/Redes Sociais - Divulgação/PCDF)
Caso envolve o assassinato de 10 pessoas de uma mesma família - (crédito: Reprodução/Redes Sociais - Divulgação/PCDF)

O juiz Taciano Vogado Rodrigues Júnior marcou para 13, 14 e 15 de setembro o depoimento das testemunhas e dos réus envolvidos na chacina que chocou o Distrito Federal. Os cinco criminosos respondem por quase 100 crimes, entre homicídios, latrocínio, ocultação de cadáver, fraude processual e sequestro.

A audiência de todos ocorrerá no Fórum de Planaltina. O depoimento das testemunhas e dos réus Gideon Batista de Menezes, 55 anos, Horácio Carlos, 49, Carlomam dos Santos, 26, Fabrício Canhedo, 34, e Carlos Henrique Alves, 27, ocorreria mês passado, mas foi adiada após um pedido da defesa de um dos envolvidos.

É esperado que os cinco envolvidos na chacina sejam ouvidos em 13 de setembro e, por isso, um forte esquema de segurança deverá ser montado. Todos estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda, e serão escoltados pela Polícia Penal da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe).

Veja por quais crimes os cinco acusados foram denunciados pelo MPDFT

Gideon Batista de Menezes: é apontado como o mentor dos assassinatos. A motivação, segundo revelaram as investigações, foi em decorrência da chácara onde moravam Marcos Antônio Lopes, 54, a mulher dele, Renata Belchior, 52, e a filha do casal, Gabriela Belchior. Gideon foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime), homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa e roubo.

Horácio Carlos Ferreira Barbosa: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Carlomam dos Santos Nogueira: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e ameaça com uso de arma.

Carlos Henrique Alves da Silva: responderá por homicídio duplamente qualificado (recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime) e sequestro e cárcere privado.

Fabrício Silva Canhedo: extorsão mediante sequestro, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Entenda o caso

A maior chacina do DF começou com o desaparecimento da cabeleireira Elizamar da Silva, 37, e dos três filhos, Gabriel, 7, e os gêmeos, Rafael e Rafaela, 6. A mulher saiu do salão onde trabalhava, na 307 Norte, na noite de 12 de janeiro, após ser atraída para uma emboscada na casa onde moravam os sogros, Marcos Antônio Lopes, 54, e Renata Belchior, 52, — os dois também assassinados.

Segundo revelaram as investigações, a motivação se deu por causa da chácara onde Marcos morava, avaliada em R$ 2 milhões. Também foram mortos o marido de Elizamar, Thiago Silva, 30; a ex-mulher e as filhas de Marcos, Cláudia Regina, 55, Ana Beatriz, 19, e Gabriela Belchior, 25. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ficou responsável pelo oferecimento da denúncia.

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