Ibram põe brigadas florestais para atuar nas unidades de conservação do DF

Para combater focos de incêndios, 150 brigadistas foram selecionados pelo Brasília Ambiental, sendo que 90% deles já atuaram em anos anteriores

Correio Braziliense

postado em 28/07/2023 20:21

Os brigadistas não fazem só o trabalho de alerta e prevenção de incêndios. Eles ficam responsáveis, ao longo do período por toda a manutenção das unidades de conservação - (crédito: Divulgação: Instituto Brasília Ambiental)

Com a chegada da seca no Distrito Federal, um personagem importante na prevenção e combate aos focos de incêndios florestais, comuns nesta época, entra em cena: o brigadista florestal. O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) distribuiu, na última semana, 150 deles, selecionados em processo seletivo específico e contratados por tempo determinado, para atuarem nas Unidades de Conservação (UC’s) do Distrito Federal.

Muitos deles se sentem tão satisfeitos pela acolhida do órgão ambiental que se inscrevem no processo seletivo todos os anos e já acumulam farta experiência na função. “Estimo que 90% dos brigadistas selecionados este ano, em algum momento, já passaram por aqui. Os novatos são poucos”, afirma o diretor em exercício de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Dpcif) do Instituto, Erisom Casimiro.

Para o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, o retorno desses profissionais é de extrema importância porque, além de revelar a sintonia com o órgãi, o compromisso deles com o combate ao fogo e a preservação do meio ambiente, faz com que o grupo se torne cada vez mais experiente.

“A experiência deles é fundamental para o sucesso do trabalho. Poderiam estar fazendo qualquer outra coisa, mas quando chega esta época ficam ávidos para a divulgação do processo seletivo e retornam para estar nesta importante missão. São tratados com todo o respeito e deferimento que merecem e têm todos os seus direitos, previstos no contrato temporário, rigorosamente cumpridos”, ressalta o presidente.

O brigadista florestal Jordan José Vieira, 46, lotado no parque ecológico Veredinha, em Brazlândia, diz que desde sua primeira atuação na brigada, em 2018, todo o ano fica ansioso para ser selecionado novamente. “Há seis anos estou aqui e pretendo ser brigadista também nos próximos, se possível”, enfatiza.

Recepção

Jordan Vieira acrescenta que se sente muito gratificado com o trabalho que as atividades,  importantes para o meio ambiente, vão "além do combate ao fogo". “Atuamos com plantio de mudas, coleta de sementes, limpeza dos parquinhos, reforma de cercas, cuidamos da jardinagem, enfim, fazemos toda a manutenção da Unidade de Conservação. Estamos prontos para o combate a incêncios, mas fazemos o possível para que o fogo não ocorra. Nosso trabalho é muito preventivo”, esclarece.

O brigadista ressalta ainda a recepção anual feita pelo Instituto. “Fui muito bem recebido pelo Ibram em todas as temporadas. Sempre trabalhamos de acordo com o que está previsto no contrato. A atuação é muito tranquila e nos sentimos seguros para desenvolver nosso papel”, afirma.

Brigadas

Os brigadistas florestais que compõem a brigada do Brasília Ambiental 2023 tomaram posse no dia 18 deste mês e estão distribuídos em 14 Unidades de Conservação, com contrato firmado até 30 de novembro.

Além do Parque Ecológico Veredinha, recebem as brigadas os parques ecológicos: Jequetibás (Sobradinho), Lago Norte, Olhos D`Água (Asa Norte), Paranoá, Ezechias Heringer (Guará), Lago do Cortado (Taguatinga), Saburo Onoyama (Taguatinga), Águas Claras, Três meninas (Samambaia), Riacho Fundo. Além do parque Distrital do Gama, Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae) em Planaltina, Monumento Natural Dom Bosco (Lago Sul) e o Jardim Botânico.

As brigadas não atuam, exclusivamente, nas Unidades de Conservação, onde estão lotadas. Caso ocorra necessidade, são deslocadas para outras unidades. A contratação dos 150 profissionais faz parte do Plano de Prevenção de Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif), da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), que tem como objetivo prevenir e combater incêndios florestais nos espaços ecológicos do DF. 

*Com informações do Instituto Brasília Ambiental