Assassinato

PM assassinado é enterrado nesta quinta-feira (20/7), em Goiás 

Jacob Vieira foi encontrado morto dentro de uma poça, na Cidade Ocidental, na terça-feira (18/7). O PM teria sido estrangulado e perfurado por instrumento contundente

Darcianne Diogo
postado em 20/07/2023 12:19
Sepultamento de PM assassinado nesta quinta-feira em Goiás  -  (crédito: Acervo Pessoal/Familiares)
Sepultamento de PM assassinado nesta quinta-feira em Goiás  - (crédito: Acervo Pessoal/Familiares)

Ocorre, na manhã desta quinta-feira (20/7), o sepultamento do policial militar aposentado Jacob Vieira da Silva, 62 anos, encontrado morto numa cisterna, em uma chácara localizada no Parque Estrela Dalva 3, na Cidade Ocidental (GO). Laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) do Distrito Federal revelou que o PM sofreu traumatismo craniano encefálico e foi vítima de um instrumento de perfuro contundente e estrangulamento.

O enterro ocorreu às 10h30, no Cemitério Jardim Metropolitano. Querido por moradores do Entorno do DF, em meio aos colegas da Polícia Militar e pelos familiares, o PM deixará um legado de humildade e cumplicidade, relata a filha única do servidor, Catiane Silva, 32. "Meu pai era uma pessoa bondosa, querido por todos. Quem o conhecia, se encantava por ele", lamenta.

O corpo de Jacob foi encontrado oito dias depois de uma intensa busca por parte da polícia e da família. O PM desapareceu na tarde de 10 de julho, ao entrar em um Ford Ka branco. O servidor estava em casa, em Santa Maria, com a mulher, quando recebeu uma ligação misteriosa, de acordo com o relato da esposa. Pelo telefone, Jacob teria dito: "Estou saindo aí fora". Depois disso, pegou a arma, colocou na cintura e saiu da residência.

Imagens de câmeras de segurança colhidas pelos investigadores da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) mostraram Jacob entrando no carro. A placa do veículo teria sido clonada, de acordo com a apuração policial.

Quebra-cabeça

O corpo foi encontrado na tarde de terça-feira (18/7), após a polícia receber uma denúncia anônima informando que o cadáver estaria dentro de uma cisterna na chácara que pertence a um filho da ex-mulher de Jacob. Policiais militares, civis e bombeiros estiveram no local na noite de segunda-feira (17/7), mas decidiram retomar as buscas no dia seguinte devido à profundidade do poço.

Na terça, cães farejadores do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) apontaram fortes indícios para a presença de cadáver na cisterna. Depois de um trabalho de mais de duas horas, as equipes encontraram o corpo envolto com fita durex e preso a um pedaço de concreto. O laudo do IML apontou a forma violenta como Jacob apresentava ferimentos.

A investigação corre de maneira cautelosa na Polícia Civil e ninguém foi preso. Jacob era um dos sócios da Cooperativa de Transportes de Cidade Ocidental (Cooptrocid-GO) e, no dia em que desapareceu, teria duas vistorias agendadas, em Planaltina de Goiás. No entanto, os carros teriam sido levados para a Cidade Ocidental. Segundo familiares, as vistorias foram uma armadilha para atrair o PM.

A filha Catiane relembra que, dias antes de sumir, notou o pai estressado, algo que não era comum. "Ele estava estressado nos últimos dias. Percebi isso pelo tom de voz dele e tem a questão da quantia que ele emprestou para uma pessoa. Não sabemos a troco de que e para que. Mas ele não era agiota", afirma.

A quantia citada pela filha é de quase R$ 1 milhão. Conforme o Correio apurou, Jacob emprestou o montante para um homem que conheceu há cerca de três meses. A polícia investiga a ligação entre o empréstimo do dinheiro e o assassinato.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação