Violência

Assessor de deputado que teria agredido garota de programa pede exoneração

Outros distritais cobram que a PCDF envie o inquérito que investiga o assessor e o deputado. O assessor é acusado por uma garota de programa de ter a agredido com socos e tapas

Pablo Giovanni
postado em 17/07/2023 20:28 / atualizado em 18/07/2023 14:35
Assessor pediu exoneração do cargo após repercussão -  (crédito:  Ana Rayssa/Esp.CB)
Assessor pediu exoneração do cargo após repercussão - (crédito: Ana Rayssa/Esp.CB)

O assessor do deputado Daniel Donizet (PL), Marco Aurélio Oliveira Barboza, pediu exoneração do cargo, nesta segunda-feira (17/7). Ele é acusado de ter agredido uma garota de programa em março. O nome de Marco sairá na edição do diário da CLDF, desta terça-feira (18/7).

A reportagem apurou que Marco pediu exoneração do cargo, após ele e o Donizet serem apontados como suspeitos de participarem de um ato de violência sexual contra garotas de programa, em um motel do Núcleo Bandeirante. Os dois são alvos de uma ofensiva de outros parlamentares que querem ter acesso ao inquérito na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) sobre o caso.

O caso foi divulgado, inicialmente, pela TV Globo, e confirmada pelo Correio. No boletim de ocorrência, a vítima detalha que em 22 de março, o assessor Marco Barboza e o deputado, além de um outro homem não identificado, levaram três garotas de programa para um motel no Núcleo Bandeirante. Barboza, segundo a denúncia apresentada, teria agredido uma das moças, batendo no rosto dela, com tapas e socos. Em certo momento, ainda segundo o relato, ele teria a enforcado, a segurado forte pelos braços e a forçado a fazer sexo sem camisinha contra a vontade da mesma.

A mulher conta que Daniel Donizet e os demais partícipes teriam presenciado toda a agressão, mas que negaram socorro. A garota diz ainda que, como não houve reação do parlamentar em seu favor e sabendo que se tratava de uma autoridade, ela e as demais meninas se sentiram acuadas e não chamaram a polícia no momento.

Defesa

O caso continua sob a investigação da Polícia Civil sob segredo de justiça, por se tratar de um episódio de violência contra a mulher. Sendo comprovado os crimes, a pena pode ir de 8 a 15 anos de cadeia, para estupro.

Por meio de sua assessoria, o deputado Daniel Donizet reafirmou a nota anterior divulgada na semana passada e disse que não estava no local, como descrito pela vítima na denúncia. Sobre o pedido da Procuradoria Especial da Mulher, a assessoria disse que "é padrão a Procuradoria pedir acesso ao processo. Inclusive, ótimo se conseguir, porque vão ver que a denúncia é totalmente infundada."

O Correio procurou a defesa de Marco Aurélio, seja por ligação ou mensagens, mas até o fechamento dessa matéria não obtivemos resposta.

 

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