Prisão

Acusado de matar esposa enforcada é condenado a 18 anos de prisão

O caso ocorreu em 20 de março de 2022, em Planaltina. A vítima, Joana Santana Pereira dos Santos, foi asfixiada até a morte

Mariana Saraiva
postado em 07/07/2023 22:27
 (crédito: Pacífico)
(crédito: Pacífico)

O Tribunal do Júri de Planaltina condenou Silvestre Pereira de Araújo a 18 anos de prisão durante julgamento, na segunda-feira (3/7). Ele vai responder a sentença em regime inicial fechado, por matar a própria esposa enforcada. A vítima, Joana Santana Pereira dos Santos, foi asfixiada até a morte, na manhã do dia 20 de março de 2022, no Condomínio Arapoanga, em Planaltina-DF. Depois de matar a mulher, Silvestre tentou tirar a própria vida, mas não obteve êxito. Em interrogatório, ele confessou o crime, mas alegou não se lembrar de como chegou ao ponto de cometer esse ato.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) entendeu que o homicídio foi cometido de forma cruel, pois o acusado fez com que a vítima tivesse intenso sofrimento. Além disso, de acordo com o MPDFT, o crime aconteceu em razão da condição do sexo feminino de Joana, pois se deu no contexto de violência doméstica e familiar.

O juiz presidente do júri afirmou que as razões que levaram o réu a assassinar sua esposa "merecem extrema repulsa estatal". O magistrado destacou que o próprio réu confessou ter matado a esposa em razão de fatos relacionados apenas a ele próprio. O juiz enfatizou, também, que o acusado confessou ter discutido com a vítima em razão de dívidas contraídas por ele junto a agiotas. Motivo pelo qual considera as circunstâncias e consequências do crime "extremamente graves e traumáticas, devido ao fato do acusado ter matado a esposa no quarto da vítima, mesmo sabendo que os quatro filhos de ambos também estavam na residência, no quarto ao lado".

O crime

No dia do crime, segundo investigações, o casal havia discutido pela manhã, enquanto os filhos do casal estavam dormindo no cômodo ao lado. Silvestre ligou para o irmão, e afirmou que havia matado a própria esposa durante uma discussão, e que pretendia tirar a própria vida, mas que não queria que os filhos presenciassem a cena. Tudo foi motivado por uma discussão por conta de uma dívida que Silvestre tinha com um agiota.

O irmão de Silvestre abordou uma viatura na rua, e foram até o local onde o casal e os filhos moravam, no Arapoanga. Por não conseguirem entrar, os policiais decidiram arrombar o portão da casa. Dentro da residência, os agentes encontraram Joana com sinais de esganadura e Silvestre com o pescoço cortado. Os filhos do casal estavam em um cômodo dormindo.

A investigação aponta que ele matou a companheira e depois tentou suicídio. Segundo os policiais, depois de assassinar a mulher, Silvestre ligou para a família ameaçando tirar a própria vida. Mas socorristas do Corpo de Bombeiros do DF conseguiram chegar a tempo de evitar a morte. Ele foi denunciado pelo MPDFT por feminicídio.

 

 

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