O aparecimento de ratos é um problema que ocorre e que se repete tanto na seca quanto no período chuvoso. O roedor transmite, pelo menos, 35 tipos de moléstias aos humanos e aos animais domésticos. A mais comum é a leptospirose, que pode levar à morte.
Embora a Secretaria de Saúde (SES-DF) explique que a presença de ratos ocorre ao longo de todo ano, a pasta, que atua no combate ao roedor, diz em nota que, neste ano, não recebeu nenhum chamado das regiões administrativas sobre infestação do animal.
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"Quando há foco em alguma região, a pasta atua no combate", informa a SES-DF. De acordo com o órgão, "a forma apropriada para evitar os roedores é acondicionar o lixo de maneira correta, em sacos resistentes e lixeiras com tampa". Explica, ainda, que o material deve ser disponibilizado para coleta do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) próximo ao horário de recolhimento, para evitar que recicladores, animais domésticos e/ou sinantrópicos (tais como baratas, formigas e escorpiões) rasguem ou espalhem o lixo.
Outros importantes cuidados são não acumular entulho, não deixar ração nos comedouros à noite, descartá-la depois que o animal se alimentar e manter os terrenos limpos.
Leptospirose
De janeiro de 2020 a maio de 2023, a SES-DF registrou 47 casos de leptospirose (veja quadro). A doença é causada pela leptospira, bactéria encontrada na urina do rato, que penetra na pele, principalmente se houver um ferimento ou um arranhão. A transmissão ocorre principalmente por água de correnteza e lama. De acordo com o gerente de Vigilância Ambiental de Zoonoses da (SES-DF), Isaías Chianca, no período da seca, a doença também pode ocorrer, especialmente quando trabalhadores fazem a limpeza em estações de esgoto, bueiros e galerias.
Se animais domésticos, como cães e gatos, tiverem contato com a urina do roedor, também podem ser infectados e passar a doença aos humanos.
Os sintomas são febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (especialmente na panturrilha, conhecida como batata da perna), pele amarelada e calafrios. Esses sinais surgem de sete a 15 dias após a infecção. "Ao percebê-los, a pessoa deve procurar um médico o mais rápido possível e relatar a contaminação. É fundamental também que se evite a automedicação", alerta Isaías Chianca.
Prevenção
De acordo com a SES-DF, a prevenção da leptospirose é feita a partir de medidas preventivas. A Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses atua com a desratização quando há foco da doença. Também são realizadas ações de fiscalização nas áreas públicas do DF, para detectar lixo mal acondicionado ou espalhado nas ruas, e acionamento do serviço responsável pela retirada, que é o SLU.
Na estação chuvosa, o surgimento de ratos é mais recorrente. Por isso, aumenta a possibilidade de ocorrências de leptospirose, com a inundação dos esgotos, que acabam por carregar a urina desses animais.
Os ratos são responsáveis ainda por enfermidades como hantavirose, tifo e salmonelose, além de serem transmissores da raiva.
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