CRIME

Polícia apreende outros computadores no antigo trabalho de pedófilo

De acordo com a PCDF, novos aparelhos foram apreendidos nesta sexta-feira (30/6) e passarão por perícia para averiguar se Daniel Bittar fez outras vítimas ou fazia parte de alguma rede de pedofilia

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apreendeu, nesta sexta-feira (30/6), os computadores que Daniel Moraes Bittar utilizava no trabalho. O acusado de sequestrar e estuprar uma adolescente de 12 anos, preso desde quinta-feira (29/6), trabalhava como analista de Tecnologia da Informação (TI) no Banco de Brasília (BRB).

Daniel era servidor concursado desde julho de 2015. Ele entrou no banco como analista de tecnologia da informação I e tinha uma remuneração líquida em torno de oito salários mínimos e meio em 2023. Depois que o escândalo envolvendo o funcionário público foi divulgado pela imprensa, o BRB anunciou a demissão do acusado de pedofilia.

Com os computadores que Daniel utilizava no trabalho em mãos, a polícia vai averiguar se ele fez outras vítimas ou fazia parte de alguma rede de pedofilia. Os aparelhos apreendidos nesta quinta-feira (29/6) se juntam aos outros que a PCDF encontrou no apartamento do acusado e todos passarão por perícia.

“Hoje, nós apreendemos outros computadores dele. Apreendemos, além dos computadores, o aparelho celular dele e isso tudo vai ser analisado. Essas são importantes fontes de provas e vamos ver se há uma rede de pedofilia por trás dessa pessoa”, disse o delegado João Guilherme Medeiros Carvalho, chefe da 2ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.

Perfil de Daniel levantou suspeitas de envolvimento em rede

O delegado responsável pelo caso revelou, em entrevista ao Correio, que o perfil de Daniel Bittar e algumas informações fornecidas por ele em depoimento, levantaram a suspeita de um possível envolvimento em rede de pedofilia.

“Diante do perfil dele e do que foi colocado aqui no momento do flagrante, principalmente de ontem [quinta-feira, 29], não se descarta o envolvimento com uma rede de pedofilia. Não quer dizer que há, necessariamente, isso, mas pelo perfil dele, as circunstâncias que rodearam este caso e as circunstâncias de atuação dele, pode, sim, haver alguns grupos ligados a ele”, detalhou Carvalho. “Isso vai ser trabalhado agora, neste momento da investigação”, completou o delegado.

Ainda segundo o delegado, a organização de Daniel e da cúmplice, Geisy de Souza, de 22 anos, para raptar a adolescente chamou a atenção da polícia. No apartamento do acusado, foram encontradas uma garrafa de clorofórmio, usada para desmaiar a vítima; fita silver-tape, que seria para vedar a boca da menina; a mala usada no crime e uma máquina portátil de choque.

Saiba Mais

Confira a entrevista na íntegra: