Crime

Pedófilo atuou em peça em que personagem era vítima de abuso

Criminoso era descrito por colegas do teatro como "tímido e retraído". Artistas divulgam nota de repúdio

Daniel Moraes Bittar, o pedófilo que foi preso por sequestrar e estuprar uma criança de 12 anos, gostava de ler, tinha livro publicado e paixão pelas artes. O criminoso chegou a fazer parte de uma companhia de teatro da capital e a atuar em um espetáculo do gênero Teatro do Absurdo, onde uma jovem paraplégica era abusada por três homens, um deles interpretado por Daniel. Após o crime vir à tona, artistas da cidade divulgaram notas de repúdio nas redes sociais.

"Daniel emulava uma figura doce, tímida, retraída, romântica, que amava poemas e literatura. Não era de festas, de farras, sempre se demonstrando bem caseiro. Posto isto, é uma surpresa que este ser humano tenha sido capaz de atos horrendos, vis e desumanos, crimes nojentos e que causam ojeriza a mim e a todos. Não tínhamos como saber, como todo pedófilo, Daniel se revestia de uma figura externa acima de qualquer suspeita. Espero que Daniel seja julgado com todo peso da lei e passe uns bons anos na prisão", disse nota de repúdio divulgada por um ator que chegou a dar aulas para o criminoso. 

O Correio teve acesso ao cartaz de um peça encenada por Daniel (veja foto), onde ele interpretava um dos homens que abusava de uma jovem paraplégica em um cenário pós apocalíptico. A peça, do gênero Teatro do Absurdo, mostrava adultos com comportamentos infantis, imaturos e extremos diante de situações desafiadoras da vida adulta, como forma de crítica. 

 

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