O bancário Daniel Moraes Bittar, preso nesta quinta-feira (29/6) acusado de sequestrar e estuprar uma adolescente de 12 anos, alegou ter problemas psicológicos e disse necessitar de uma intervenção.
Em entrevista ao Correio, o delegado João Guilherme Medeiros Carvalho, da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), deu detalhes do depoimento que o homem prestou à Polícia Civil. “Ele alegou desvio psicológico e que, por isso, precisaria de uma intervenção para frear esse ímpeto dele”, contou a autoridade policial.
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Daniel era servidor concursado do Banco de Brasília (BRB) desde 2015. Ele trabalhava como analista de Tecnologia da Informação. Na noite desta quinta-feira, o BRB divulgou, em nota, que encerrou o vínculo empregatício com o homem a partir do momento em que a instituição tomou conhecimento do caso de pedofilia.
"O Banco de Brasília não tolera condutas que ferem valores inegociáveis como o respeito à infância e repudia qualquer tipo de assédio, em especial o sexual e contra menor de idade", declarou o BRB, em nota à imprensa.
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Cúmplice detalhou crime
Além de Daniel Moraes Bittar, outra mulher foi presa por participação no sequestro da garota de 12 anos. Geisy de Souza, 22 anos, é apontada como cúmplice. Em depoimento, ela detalhou o envolvimento no crime.
De acordo com informações repassadas pela polícia ao Correio, Daniel saiu de casa, na Asa Norte, por volta das 6h da manhã de quarta-feira (28/6), passou para buscar Geisy, na Cidade Ocidental, no entorno do DF, e, de lá, seguiram para uma escola na região, onde observaram alguns adolescentes.
Depois de algum tempo de monitoramento na escola, os dois foram tomar café da manhã e, ao voltarem para a escola, passaram por uma rua onde avistaram a adolescente raptada. Em um primeiro momento, eles utilizaram um lençol com clorofórmio para sedar a vítima e a colocar no carro de Daniel. De lá, seguiram para um matagal onde a menina foi algemada pelos pés e mãos e colocada dentro de uma mala.
A mala foi colocada no porta-malas do veículo e, então, Daniel deixou Geisy em casa, ainda na Cidade Ocidental e seguiu para a Asa Norte. Ao chegar na 411 Norte, onde fica o apartamento em que o autor morava, ele retirou a mala do carro e a levou para residência dele, onde beijou e acariciou a vítima. “Ele [Daniel] disse que, no apartamento, não usou de violência, que chegou a beijá-la, chegou a praticar alguns atos como apalpar e acariciar, mas não chegou a ter conjunção carnal, nem outros atos libidinosos como sexo oral, com essa menina”, contou o delegado. No entanto, essa versão só poderá ser comprovada ou refutada depois que sair o laudo da perícia.
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