Economia

Maior gasto dos brasilienses é com habitação

Levantamento do IPC Maps, com base dados do IBGE e da Abep, mostram projeção dos gastos dos moradores do DF em 2023. Em primeiro lugar está a habitação, em segundo, a compra de carro

O maior gasto dos cidadãos do Distrito Federal atualmente é com habitação. É o que aponta o IPC Maps, pesquisa divulgada anualmente pela IPC Marketing Editora. O estudo usa dados secundários de fontes oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Banco Central e Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) para fazer os cálculos de índices de potencial de consumo de todo o país.

No caso específico do DF, a projeção para 2023 é que o maior gasto dos moradores da capital seja com habitação: cerca de R$ 29,3 bilhões. Outro destaque do levantamento são os gastos com veículo próprio, que devem alcançar a cifra de R$ 13,6 bilhões até o final do ano. Marcos Pazzini, pesquisador responsável pelo IPC Maps, chama a atenção para a evolução dos gastos com a categoria dos últimos anos. “Com a pandemia, muita gente perdeu emprego e passou a trabalhar em aplicativos de entrega a domicílio ou de mobilidade”, analisa.

Em 2019, portanto antes da Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar a pandemia e das medidas sanitárias de restrição, o gasto com veículos próprios era de R$ 4,1 bilhões, montante que cresceu mais de três vezes de lá para cá.

Consumo

Em comparação com as demais cidades brasileiras, Brasília fica em terceiro lugar entre as que mais consomem, perdendo apenas para as cidades de São Paulo (1º) e Rio de Janeiro (2º). Quando a comparação é feita com os outros estados, a capital cai para a 13ª posição.

No total, o Distrito Federal tem uma projeção de consumo de cerca de R$ 119,9 bilhões para este ano, mesmo patamar do ano passado. No Centro-Oeste, o DF tem o maior potencial de consumo per capita da região, de R$38,7 mil. Potencial seguido pelo Mato Grosso do Sul, de R$ 35,1 mil; Mato Grosso, R$ 35 mil; e Goiás, com R$ 33,5 mil.

Bom sinal

O IPC Maps também aponta que, enquanto 2022 teve uma queda no número de empresas em relação ao ano anterior, reflexo ainda da pandemia, 2023 já registrou um aumento de 5% no quesito em relação ao ano passado, chegando ao número de 379.718 empresas ativas na capital. “Isso é um bom sinal. Nosso estudo é sobre o potencial de consumo. Consumo depende de renda, renda depende de emprego, e emprego depende de empresas”, explica Marcos Pazzini.

O setor com o maior número de empresas são serviços, seguido pelas áreas de comércio e indústria. No entanto, o setor que registrou o maior crescimento no número de organizações em relação a 2022 é o agronegócio, que teve aumento expressivo 12,4%, pulando de 1.101 empresas para 1.237.

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