Três escolas de samba do grupo especial e três do grupo de acesso desfilaram, na noite desse sábado (24/6), na passarela do sambódromo Marcelo Sena, no Eixo Cultural Ibero-Americano, em Brasília. Acadêmicos do Riacho Fundo II, Capela Imperial de Taguatinga e Acadêmicos de Santa Maria compuseram o grupo de acesso. Mocidade do Gama, Bola Preta de Sobradinho e Acadêmicos da Asa Norte — a campeã do último desfile, em 2014 — fecharam a noite compondo o grupo especial.
Com o enredo "Vinho português e a cachaça brasileira", a Acadêmicos do Riacho Fundo II foi a primeira a desfilar no sambódromo. A agremiação almeja o acesso ao principal grupo do carnaval do DF. Após, a Capela Imperial de Taguatinga veio à avenida com o enredo "Taguatingas: A Ave Branca", trazendo as belezas da região, exaltando a ave branca, que é o símbolo da região administrativa. A agremiação é a terceira escola mais antiga do carnaval da capital federal.
Dentre as agremiações que estão no grupo de acesso e que desfilaram, a Acadêmicos de Santa Maria desfilou com o enredo "No voo da Coruja! O folclore que encanta o Pará". A escola decidiu homenagear a região norte brasileiro, além de danças típicas e tradicionais, como o amor idílico — chamado de Siriá — e carimbó, uma das mais tradicionais do país.
Homenageando Jorge da Capadócia, que renunciou à vida de soldado pela fé em Cristo, a Mocidade do Gama desfilou no fim da noite, buscando o tão sonhado título do grupo especial. O enredo escolhido pela escola foi "Jorge da Capadócia — Santo Guerreiro: Mocidade canta em devoção". Disputando também o principal título do carnaval do DF, a Bola Preta de Sobradinho, nos seus 49 anos de existência, nunca ganhou o almejado troféu. O tema escolhido pela escola foi "O jeito bola de ser — No bonde do Bola Preta você é o eterno folião".
Com enredo "Mulheres pretas do Brasil", a Acadêmicos da Asa Norte foi a última a desfilar, já na madrugada deste domingo (25/6), contando a história de mulheres que se destacam na história do Brasil, além da mulher simples e trabalhadora.
Satisfação
Para o carnavalesco Milton Cunha, a responsabilidade de ter comandado a celebração dos desfiles das escolas de samba da capital federal é muito importante, principalmente pelas escolas estarem a tanto tempo fora da avenida. "São 13 comunidades se apresentando aqui. É a chance de costureiras, pintores, escultores, ferreiros, compositores, cantores, dançarinos mostrarem que sabem fazer arte. Faço escola de samba para mostrar o quanto as comunidades são lindas e também sabem fazer arte", disse.
"Só sai notícia barra pesada dessas comunidades, então é importantíssimo essas comunidades poderem se apresentar no centro da capital. Foram nove anos sem desfile. O público estava ávido, havia um grito entalado na garganta", completou.
A subsecretária de Inclusão e Diversidade Cultural do DF, Sol Montes, parabenizou todas as escolas que desfilaram nos dois dias, principalmente porque as agremiações inovaram nos seus sambas-enredos. "Todas as escolas desfilaram com um número maior de componentes do que o número mínimo exigido. Foi muito bonito. Muito capricho, muito respeito, muita alegria na cara. Vale muito a pena pra gente saber que alcançamos milhares de pessoas e elevamos a autoestima dessas comunidades", pontuou.
A partir das 14h, representantes das escolas que compõem o grupo de acesso retornam à avenida para a apuração dos votos. Às 16h, será a vez do grupo especial, para a consagração da campeã do carnaval fora de época do Distrito Federal.
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