Na noite desta quinta-feira (15/6), Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência Contra as Pessoas Idosas, alguns dos pontos mais movimentados de Brasília ganharam projeções sobre o assunto. O primeiro local a ter as imagens projetadas foi o muro entre o Teatro Nacional Cláudio Santoro e a Rodoviária do Plano Piloto, por volta das 18h. O Palácio do Buriti e a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) também receberam as projeções.
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A iniciativa é de uma rede de apoio a mulheres cuidadoras familiares, o Coletivo Filhas da Mãe, e do Fórum Distrital da Sociedade Civil em Defesa da Pessoa Idosa. O objetivo é chamar atenção sobre os diferentes tipos de violências que as pessoas com 60 anos ou mais sofrem e que, na maioria dos casos, permanece na invisibilidade.
“São 63% dos casos de violência contra a pessoa idosa no DF são contra mulheres, incluindo a violência sexual. Mas ainda tem muita subnotificação, porque são violências que acontecem dentro de casa e as vítimas têm seus documentos presos e não tem para onde ir”, aponta Cosette Castro, coordenadora do Filhas da Mãe. A ativista pelos direitos das pessoas idosas defende que haja mais instituições de longa permanência para pessoas idosas (ILPIs) e centros onde essas pessoas possam passar o dia enquanto os familiares estão trabalhando.
Dados mais recentes da Central do Idoso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), obtidos pelo Correio, mostram que 302 denúncias de violência contra essa população foram registradas em 2022.
Os dados apontam que os três maiores tipos de violência identificadas contra os idosos são a financeira, a negligência/maus-tratos e a psicológica. No ano passado, a Central Judicial do Idoso (CJI) do TJDFT acolheu 979 novos casos de idosos em situação de risco, acompanhou 4.509 casos e prestou mais de 14 mil atendimentos a idosos e suas famílias.