Auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) destaca dificuldades e demora no atendimento de pacientes nas unidades básicas de saúde (UBSs) de várias regiões administrativas da capital. Além de ouvir a população, a corte também analisou a infraestrutura e escutou os profissionais de saúde por meio de questionários on-line, que irão ajudar os auditores a fazer um diagnóstico mais próximo da realidade.
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Os dados preliminares coletados pelo tribunal mostram dificuldades enfrentadas tanto por pacientes quanto por profissionais de saúde. Entre os usuários que participaram da pesquisa, 72% responderam que vão a uma unidade básica antes de procurar outro serviço de saúde. No entanto, para cerca de 80% dos entrevistados, é difícil conseguir atendimento médico nas UBSs. Além disso, um percentual semelhante de usuários respondeu que mudaria para outro serviço de saúde se fosse mais fácil.
Em relação à pesquisa com os profissionais de saúde, 60% deles apontaram que os pacientes precisam esperar mais de 30 minutos para receberem atendimento pelo médico ou pelo enfermeiro na unidade em que trabalham. Cerca de 77% também informaram que não recebem informações úteis sobre os pacientes encaminhados por outros especialistas.
Outro ponto levantado pela auditoria aponta falha na avaliação dos serviços disponíveis à população. Aproximadamente 60% dos médicos e enfermeiros destacaram que a efetividade dos serviços prestados na unidade onde trabalham não é avaliada por pesquisas com os pacientes e com os usuários do Conselho Local de Saúde. Ainda sobre esse tema, 81% dos usuários responderam que não são feitas pesquisas com os pacientes para verificar se os serviços estão satisfazendo as necessidades das pessoas.
Para contribuir com a pesquisa, os profissionais de saúde e usuários da rede pública ainda podem responder aos questionários. Os documentos estão disponíveis no site do Tribunal de Contas. Além disso, cartazes afixados nas UBSs também têm um QR Code com o link para a pesquisa, que está disponível até o dia 21 de junho. A participação é voluntária e confidencial.
Com informações do Tribunal de Contas do DF
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