Quem precisou de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento de São Sebastião (UPA), nesta terça-feira (13/6), reclamou de demora, e relatou até 10 horas de espera. Quem não aguentou, desistiu e optou por voltar para casa. Segundo pacientes, a chefe de equipe do local informou que havia três médicos responsáveis pelas consultas, mas que ninguém estava sendo chamado. O Instituto de Gestão Estratégica em Saúde (Iges-DF), responsável pela gestão da UPA, relatou que a lentidão se deu pelo alto fluxo de pacientes.
A triagem era a única coisa que estava sendo feita na unidade. José Antônio de Souza, 35 anos, alega que a equipe da UPA é “mal educada” e que se recusaram a passar informações aos pacientes. “Eu só queria um atendimento digno, como todo ser humano necessita. Estou tentando atendimento desde às 5h. Só queria ser atendido com dignidade", lamenta o homem.
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Cleane, 38, aguardava ser chamada desde às 11h, com fortes dores de cabeça. “Até agora, nada de atendimento. O único atendimento que a gente teve foi a triagem. Só começaram a chamar quando viram que estavam filmando, imaginaram que chamaríamos a reportagem.” Em certo momento, alguns pacientes se exaltaram e ameaçaram chamar a polícia. "É um descaso. Meu menino está todo empolado" diz a mãe de um adolescente. "Ela (a funcionária da UPA) disse que aqui os médicos são devagar" afirma outro paciente.
De acordo com a assessoria do Iges-DF, nesta terça-feira, a UPA de São Sebastião contava com cinco clínicos e três pediatras em atendimento de porta, justificando a demora. "Atendimento 'lentificado' devido a intercorrências de pacientes graves na unidade e alto fluxo. Até o momento foram realizados 184 classificações de risco, 113 atendimentos médicos. Fluxo interno com superlotação em sala vermelha com cinco pacientes."
*Estagiária sob a supervisão de Suzano Almeida.